Archive for Fevereiro, 2013

ALEXYULI

Fevereiro 23, 2013

 

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Simpático, divertido, alegre, amigo, culto, sou convicto nas minhas ideias, cordial, humanista e compreensivo. Admito errar como também sei perdoar. Por vezes sou um pouco vaidoso e orgulhoso. Adoro a sinceridade e o respeito, detesto o materialismo, a arrogância, a hipocrisia e o cinismo. Acredito nos valores morais de cada um ate me provarem o contrariam. Quanto ao juízo de valores deixo para quem me conhece ou queira me conhecer…apenas igual a mim próprio.

About Me.

I am a nice person and a funny guy, amused, happy, and glad. However. A cult person and convict in my ideias. Cordial and humanist, comprehensive and understanding a friendly person to hope everyone. I love the sincerity and respect. Sometimes I am a little vain and proud person. But, I admit to mistake, as well as. I forgiven everyone until to prove to me the contrary of each one. I hate the materialism and the arrogance, the hypocrisy and the cynicism. I believe in moral values o each one until they prove to me the contrary. Concerning the judge of values. I leave to who knows me or people to want know me. That’s so, only equal to my self.

ISRAEL E O CONFLITO NO MEDIO ORIENTE

Fevereiro 23, 2013

TODA A VERDADE

 

O Conflito do Médio Oriente ultrapassa em muito o problema entre Israel e a Palestina. O Espaço mediterrânico oriental e a Arábia seriam um foco de tensão mesmo sem a existência do estado de Israel. O antagonismo entre as grandes potências mundiais do Século XX, os EUA e a URSS, já se verifica nesta área desde do Século XIX, entre 1853 a 1856, quando a Inglaterra e a França ajudaram a Turquia na época o Império otomano na Guerra contra a Rússia, a Guerra da Crimeia, e desde que a Inglaterra, a França e a Rússia, unidas na I Guerra Mundial, para o desmantelamento do Império Otomano, actual Turquia.

 

A responsabilidade desta luta pertence à situação estratégica do flanco meridional da NATO, à riqueza dos campos petrolíferos, à luta de poder e ás exigências que daí resultaram. Mas actualmente e como sempre, Israel constitui o centro das disputas e o eixo das posições.

 

Qual a causa deste facto?

 

  • A Terra Prometida

 

Uma tribo nómada, procedente da Mesopotâmia, os Hebreus, depois de muitos séculos de migrações por vastas regiões do Médio Oriente até ao baixo Egipto, chegaram à terra situada entre as costas do Mar Mediterrâneo e o Rio Jordão. Esta era a Terra Prometida, que Deus havia-lhes prometido. Deus a quem têm recorrido, em tempos de necessidade e opressão, até aos dias de hoje. Não existe, desde a origem da História da Humanidade, uma narrativa tão descritiva sobre nenhum povo, como a Bíblia «Antigo Testamento», narração que relata a valiosa aliança entre um povo e seu Deus, nos momentos mais difíceis, nunca visto até aos dias de hoje.

 

Em princípios do último milénio antes de Cristo, David criou um poderoso reino, tendo Jerusalém como capital. Abrangia toda a totalidade do actual Estado de Israel, com excepção de algumas cidades costeiras, e com grande parte dos actuais países como o Líbano, Síria e Jordânia, 75 anos mais tarde, desagregou-se em 2 reinos: Israel e Judeia, que foram aniquilados pelas grandes potências mesopotâmicas da época, Assíria e Babilónia, ao fim de alguns séculos. Após tempos de opressão sobre o domínio babilónico, persa e helénico (Ptolemaico e Selêucida), o judeu Hasmoner, das linhagem dos Macabeus, criou um novo Estado independente, que se manteve durante um século, acabando por ser submetido ao Império Romano em 63 A.C. embora mantivesse autonomia interna, ainda que nos últimos 6 séculos, antes da era cristã, muitos judeus saíram para terras da zona Mediterrânea e do Médio Oriente.

 

Parte deles deportados, outra parte emigrantes voluntários. Na sequência de uma sublevação contra Roma, devido a destruição de Jerusalém e dos seus Templos, no ano 70 D.C. por ordem de Tito, filho do Imperador Vespasiano, após 3 anos de resistência, suicidaram-se os últimos resistentes na fortaleza de Massada, sobretudo depois de uma última tentativa de sublevação, levada a cabo por Bar Kochba nos anos 132 e 135, a população foi expulsa. No entanto, sempre se manteve um grupo judeu que em princípios do século VII era já suficientemente forte para se impor por uns anos ao domínio bizantino com a ajuda dos persas.

 

Sob o domínio árabe, desde 634 a 638, os Judeus alternaram períodos de tolerância com épocas de sujeição, especialmente com as cruzadas, em especial que provocaram um contínuo dizimar da população judaica, concentrada nas cidades de Jerusalém, Hebrón, Tiberíades e Safed. Em Tiberíades e nas comunidades exiladas em Babilónia encontravam-se as Escrituras Sagradas do Talmud Mischna, que continuavam e completavam os textos do Antigo Testamento. Contudo a maioria dos judeus vivia no exílio, frequentemente em ghetos excluídos de todos os trabalhos “honrados”, como o artesanato. Oscilando entre a tolerância e a perseguição, entre a tentativa de adaptação a um novo ambiente estrangeiro e a perseverança na busca da Terra Prometida. Lesbha Habaa b´Yerushalayim. O próximo ano em Jerusalém rezavam os Judeus todos os anos, nas vésperas da Páscoa. Assim foram muitos os que tiveram êxito, na viagem de regresso a casa.

 

  • Sionismo e emigração judaica.

 

Foram poucos e pequenos grupos que conseguiram encontrar o caminho de regresso à Palestina. A sua motivação religiosa era suficientemente forte face às perseguições em massa verificadas, durante o tempo das cruzadas, na Europa Central e na Península Ibérica, na sequência da conquista por parte dos cristãos, depois de terem conseguido chegar a uma convivência pacífica com os muçulmanos. Na Península Ibérica, Portugal e Espanha expulsaram quase todos os judeus em 1942, na sua maioria para o Norte de África e também para a Europa de Leste. Na Europa Central conservaram-se comunidades que progressivamente alcançaram importantes posições na vida económica e intelectual.

 

Contudo a perseguição e a discriminação continuou nos tempos modernos, e os esforços para se conseguir uma emancipação e uma integração ao lado da maioria cristã não resultou. Os núcleos judaicos mais importantes na Idade Média situavam-se na Polónia e no Leste da Europa, onde constituíram em muitas cidades e comarcas a maioria da população. Ao contrário do Mediterrâneo e na Europa Ocidental, onde só se dedicavam ao empréstimo de dinheiro, trabalhavam ali na maioria artesãos, muitas vezes em condições de opressão. As perseguições intensificaram-se na segunda metade do século XIX, por autoridades russas serem receptivas ao descontentamento nacional e local relativamente aos judeus.

 

Deram-se assim movimentos migratórios em grande escala, principalmente para os EUA. O facto de se efectuarem também importantes emigrações para a Palestina, não corresponde só a motivos religiosos. O pensamento judaico do século XIX, tal como o de vários povos. Também queriam o seu Estado, este foi o facto que desempenhou um papel importante para tais emigrações. O mesmo se deu o facto das ideias socialistas se terem difundido entre os judeus da Europa de Leste, que procuravam concretiza-las num espaço real.

 

Leon Pinsker, no seu livro “Auto emancipação”, tornou-se um dos primeiros animadores do Sionismo, que encontra em Theodor Hersl, a sua carismática fonte de inspiração.

 

Em 1882 chegaram em grande número à Palestina emigrantes judeus, procedentes da Rússia, da Polónia e da Roménia:

 

– Primeira Aliya, onda emigratória para o Sião. Sob a pressão de sangrentas perseguições “Progroms”, no Império Russo, a colonização da área rural alargou-se rapidamente, promovida por Edmond de Rothschild.

 

– A Segunda Aliya, dá-se na sequência de novos “Progroms”, esta onda emigratória na maioria jovem é procedente da Rússia, imbuída de ideias socialistas e portadoras de lemas como «A Religião do trabalho» e «Regresso à Terra Santa». A população judaica, até 1914, passou de 12.000 para 85.000 habitantes em 44 colónias rurais.

 

– A Terceira Aliya, deu-se logo a seguir à I Guerra Mundial, entre 1919 e 1923, era constituída por gente nova e pioneira. Provinha da Europa de Leste, abalada pela guerra e pela revolução, ao mesmo tempo, crescia também a população árabe por uma emigração incontrolada de territórios vizinhos, atraída pelo alto nível de vida da Palestina, que dia a dia aumentava mais.

 

– A Quarta Aliya, a partir de 1924 trouxe ao país, sobretudo judeus polacos oriundos da classe média.

 

– A Quinta Aliya, teve finalmente lugar em 1933, vinda principalmente da Alemanha, após a chegada ao poder do partido nazi, o nacional-socialismo.

 

Havia muitos emigrantes, dotados de poder monetário e que se puseram em marcha, de maneira decisiva, a vida económica, sobretudo a industria de construção e a cultura de citrinos. A subida geral do nível de vida deu lugar à emigração maciça de judeus, a que os árabes vieram atrás, cujo o número aumentou de 24.000 para 450.000 habitantes entre 1882 e 1839.

 

  • Os Palestinianos e as suas reivindicações.

 

Alguns sionistas pensavam a princípio poderem conduzir um “Povo sem Terra” a uma “Terra sem povo”. Outros viam com mais clareza. Já em 1918, David Ben Gurion dizia que o povo judeu tinha o dever absoluto e inalienável de proteger os direitos e interesses dos habitantes não judeus do país, de dos os respeitar nos mínimos pormenores. A Declaração de Balfour, que incluía reservas análogas, pouca segurança prometeu aos árabes palestinianos.

 

Também os Ingleses, durante a I Guerra Mundial, fizeram promessa, ainda pouco sólidas aos representantes árabes no Cairo por McMahon, quando a Inglaterra tentava ganhar aliados contra a Alemanha Imperial e o Império Otomano. Logravam-se as esperanças árabes de um grande Estado sob o domínio dos Hechemitas, e de um território independente. Sem dúvida que as esperanças judaicas, se não ensombraram menos, o protectorado britânico promoveu uma emigração e colonização, bastante tímidas, interrompendo-as por completo a partir de 1939.

 

A resistência árabe manifestou-se por actuações armadas, que visavam os territórios judaicos na sua totalidade entre 1920e 1921 e 1929. Regularmente, desde 1936. Através das acções pelas quais em 1929 a antiga Comunidade Judaica Ortodoxa de Hebrón foi dizimada, e em 1939 totalmente destruída e expulsa. Gerava-se assim um clima que parecia tornar-se impossível uma convivência pacífica entre Judeus e Palestinianos. Nestas circunstâncias que se atreverá a falar da culpa histórica????

 

Os Árabes que há séculos se sentem na Palestina, permitiriam a rebelião de fanáticos religiosos com Hadj Amin Al Husaeini, O grande mufti de Jerusalém, e grande amigo de Hitler. Os Judeus não tinham alternativa, aliaram-se aos ingleses, por causa das perseguições que sofriam na Alemanha nacional-socialista, e ajudaram as suas unidades defensivas, as Haganah, à derrota da maioria das rebeliões árabes entre 1936 e 1939. Quando os Ingleses em 1937, fizeram repetidas propostas de uma divisão da Palestina., os Judeus manifestaram a sua concordância «Mais vale um pequeno Estado que nenhum», os árabes rejeitaram afirmando que eram a maioria.

 

A grande deficiência objectiva dos árabes foi não terem uma direcção única. A II Guerra Mundial adiou o problema por uns anos. Os Judeus apoiaram os aliados no esforço de guerra para vencerem Hitler. Após 1945, lutaram pelo fortalecimento da imigração e pela recolha de sobreviventes do Holocausto Nazi, nos campos de concentração. Os árabes esperaram o seu momento, que nunca chegou

 

  • Trajectória de Israel durante 4 Guerras.

 

O momento dos Árabes não chegou, pelo contrário os ingleses cansados da guerrilha israelita, Haganah, e pela teimosia de ambas as partes, devolveram a responsabilidade da Palestina à ONU, e a 29 de Novembro de 1947 a Assembleia Plenária da ONU estabeleceu a divisão da Palestina. O povo Judaico celebrou então o seu Estado, embora os seus desejos não se tivessem cumprido. Jerusalém teria de se internacionalizar. Os Árabes rejeitaram e tiveram a resposta, por todos os lados a Legião Árabe, em grupos de guerrilha atacavam as colónias judaicas.

 

A armada do Rei Abdullahs da Transjordânia interveio e Jerusalém foi cercada. Os Judeus, mal armados resistiram aos ataques. Na sequência do protectorado e da proclamação do Estado de Israel, os exércitos do Egipto, Iraque, síria e Líbano, apenas a Arábia Saudita, participou diplomaticamente, avançaram sobre Israel, que conseguiu resistir até ao ano de 1949 quando foram concluídos os armistícios, as suas tropas ocupavam quase 30% a mais de território que tinha sido atribuído pela ONU. Apenas se havia perdido algumas colónias em Hebrón, assim como o bairro judeu de Jerusalém.

 

Cerca de 600.000 palestinianos deixaram o país uma parte voluntariamente, outra sobre pressão israelita. Os seus acampamentos de refugiados tornaram-se focos de agitação. Os Estados Árabes impediam a integração dos refugiados na vida social e económica. Fomentavam ataques contra estabelecimentos israelitas por grupos de guerrilha. Muitos refugiados permaneciam durante largos anos, em acampamentos, abastecidos pelo Comité da ONU para os refugiados, especialmente em Gaza, Jordânia, Síria e no Líbano. Estes acampamentos começaram a ser focos de grupos de terrorismo político. Aos ataques árabes seguiram-se logo na primeira metade dos anos 50, contra-ataques israelitas, a exemplo a conquista provisória da faixa de Gaza em 1955. Sob a pressão da contínua ameaça externa, Israel tomou parte numa acção Anglo – Francesa contra a nacionalização do Canal de Suez entre Outubro e Novembro de 1956, no entanto a Península do Sinai devia ser abandonada, sobre pressão os EUA e da URSS, em troca da garantia de uma navegação livre no porto de Elat. Em 1968 na sequência da campanha do Sinai as tropas da ONU, encarregavam-se da segurança na fronteira entre o Egipto e Israel. Entre as fronteiras com a Jordânia e a Síria, deram-se novos ataques árabes, contra objectivos civis, assim como represálias israelitas. Inícios de 1971, os Estados Árabes vizinhos sentiram-se novamente fortes, para atacar Israel sob a palavra de ordem, a libertação da Palestina. Após as retiradas das tropas da ONU, através da influência diplomática de Nasser, o presidente do Egipto. Bloqueou o estreito de Tiran à navegação israelita até Elat. Egipto, Síria e a Jordânia concentraram as suas tropas nas fronteiras de Israel. Depois de avisos sérios, numa ofensiva preventiva contra o Egipto e de contra – ataques contra a Jordânia e a Síria. Israel ocupava na Guerra dos seis Dias entre 5 a 10 de Junho de 1967, a península do Sinai, a Jordânia Ocidental e os Montes Golam à Síria. A zona oriental de Jerusalém foi anexada ao estado Hebraico.

 

Israel sentia-se agora militarmente invencível, começava um período de isolamento face á ONU. A sua exigência no sentido de libertar os territórios ocupados, de acordo com a resolução do Conselho de Segurança n.º 242, de 22 de Novembro de 1967, não foi aceite. No Suez tinham entre 1969 e 1970 fortes combates militares. Depois deu-se o estabelecimento de armistícios pouco seguros. Em 1973 num ataque covarde e de surpresa, os exércitos do Egipto e da Síria, fortemente equipados militarmente pela URSS, atacam Israel na religiosa data festiva de Yom Kippur, o nome do próprio ataque «Guerra de Yom Kippur», a princípio com êxito, no entanto ultrapassado de novo pela eficácia e astúcia do exército judaico em 3 semanas. As tropas israelitas estacionaram frente a Damasco, capital da Síria e na parte oriental do Canal de Suez, o exército egípcio ficou encurralado. As grandes potências impuseram novamente o armistício.

 

Depois destas 4 guerras israelo-árabes os Estados produtores de petróleo pressionaram o Ocidente, através de um boicote parcial. Não só a Liga Árabe, mas também as mas também a ONU, reconhece o terrorista Jasir Arafat, como dirigente da organização palestiniana Al-Fatah, como o representante legítimo dos direitos do seu povo. O objectivo dos palestinianos era conseguirem um Estado próprio nos territórios da Palestina. Rejeitaram um compromisso que Israel considerou aceitável, para a criação de um território autónomo desmilitarizado, nos territórios ocupados á Jordânia em 1948 e 1967, a margem leste de Nablus e Hebrón e Gaza no Egipto. A sua meta apresentava-se como sendo a eliminação do Estado de Israel. A Assembleia Plenária da ONU tomou a decisão de fazer prevalecer os direitos dos palestinianos que negavam a existência do Estado de Israel, esse mesmo Estado que a ONU tinha criado, e ao mesmo tempo sionismo e racismo eram equiparados!!!

 

A visita do presidente egípcio Sadat a Jerusalém em 1977, conduziu com a ajuda da diplomacia norte americana sobre a administração do presidente cárter, pelos acordos de Camp David em 1978 e 1979, à paz entre Israel e o Egipto, a qual assegurava a devolução da Península do Sinai ao Egipto, até 1982, mas isolava os territórios dos campos árabes e não davam mostras de quaisquer progressos na questão palestiniana.

 

  • O conflito do Líbano.

 

O Líbano contentou-se com a declaração formal de guerra em 1948, durante a guerra da independência de Israel, que lhe trouxe importantes baixas militares. Depois da guerra chegavam ao país cerca de 80.000 refugiados, uma parte encontrou ocupação na crescente economia libanesa, outra vivia nos campos de refugiados. Até 1967, os palestinianos não constituíram qualquer problema para Israel. Na Guerra dos deis dias o ministro libanês da defesa, um cristão, numa atitude realista manteve os seus exércitos nas suas bases, apesar da ordem de ataque dada pelo presidente muçulmano. Desta forma o Líbano livrava-se de mais uma catástrofe.

 

A seguir a guerra, os palestinianos do Líbano desencadearam a partir daqui os ataques contra Israel, provocando os respectivos contra – ataques. O exército libanês atacava menos Israel e em troca tentava travar as ofensivas palestinianas, a partir dos territórios fronteiriços a sul do Líbano, onde se fixou o movimento migratório palestiniano. As milícias cristãs do Líbano esforçavam-se para dificultar as ofensivas palestinianas. Finalmente em Outubro de 1969 teve lugar uma luta renhida entre o exército libanês e os palestinianos que terminou em Novembro, mediante um acordo secreto no Cairo entre Arafat e o comandante – chefe do exército libanês. Os palestinianos conseguiram licença de estabelecer as suas unidades militares nos campos de refugiados nos territórios fronteiriços. Em contrapartida, comprometiam-se a respeitar a soberania do Líbano. Este tratado nunca foi levado a sério e muito menos cumprido.

 

A situação agravou-se quando o rei Hussein II, destruiu as posições armadas palestinianas entre 1970 e 1971, atacando as posições armadas palestinianas na Jordânia, atacando militarmente os campos de refugiados. Pelo que o Líbano converteu-se no centro de operações contra Israel. O exército libanês perdera totalmente o controlo, e em 1973, fracassou uma tentativa militar contra FLP organizada com o apoio da Síria. Paralelamente intensificaram-se as lutas armadas entre as milícias cristãs, pró – israelitas e as organizações palestinianas. Apoiadas por guerrilheiros muçulmanos simpatizantes. Em 1975 rebenta a guerra civil, depois de unidades palestinianas terem tomado de assalto o bairro cristão de Beirute Oriental. Uma luta sangrenta arrastou-se até ao Verão de 1976. Por fim o presidente Soleimão Frangie, contra a opinião da maioria maronita, lançou um apelo à cooperação da Síria, para salvar os cristãos do país. A Síria receava que os palestinianos convertessem o Líbano num Estado sobre o seu domínio, o que colocaria em xeque a situação da Síria como vencedora dos palestinianos. Prestaram assim o auxílio pedido e atacaram implacavelmente os palestinianos, sobretudo com o cerco e destruição de alguns campos de refugiados.

 

As tropas sírias tinham ocupado praticamente todo o país, com excepção do território fronteiriço com Israel. Assim surgiu um núcleo chamado a Tropa Árabe da Paz, financiada pelos Estados produtores de Petróleo, sob a pressão de outros países árabes, aos quais se uniram transitoriamente, contingentes de outros países. Mas depressa os sírios voltaram a ajudar os palestinianos, sucedendo-se assim rapidamente ataques de surpresa palestinianos e os respectivos contra – ataques. Provocando assim uma ocupação transitória no sul do Líbano por parte de Israel. O ataque das forças da paz da ONU e de uma milícia cristã e dos Xiitas sobre a chefia do ex-comandante do exército libanês, Saad Haddad, que colaborava com Israel, só trouxe uma paz transitória.

 

Com a ajuda dos EUA foi negociado um armistício em 1981, que Israel interpretou como válido, não só para o sul do Líbano, como para outros lugares. Os guerrilheiros palestinianos quebraram sempre.

 

A um atentado em Junho de 1982 contra a Embaixada de Israel em Londres, deu origem a numerosos ataques da força aérea israelita, de mísseis e confrontos de artilharia constantes em larga escala. De seguida tropas israelitas voltaram a marchar sobre o sul do Líbano, ocupando o sul do país até à capital Beirute. Uma grande parte dos palestinianos e dos combatentes muçulmanos fugiam, acabando por ser cercados na zona ocidental de Beirute. Em Agosto chegou-se a um novo armistício, as unidades da FLP, foram evacuadas para outros países árabes. Para garantir o armistício foram instaladas unidades militares dos EUA, da França e da Itália. Israel cedeu ás milícias cristãs a procura e captura dos membros da FLP e dos efectivos militares, que se mantinham escondidos em campos de refugiados. Setembro de 1982, as milícias promovem um banho de sangue. As primeiras informações davam conta de um massacre de 3.000 vítimas. Mas uma comissão de inquérito israelita contabilizou cerca de 800 vítimas mortais e a cumplicidade das autoridades israelitas, por negligência.

 

Uma investigação efectuada por peritos libaneses, conhecida como a única realizada no local sucedido, com a ajuda da Cruz Vermelha e de equipas de médicos internacionais, chegou ao resultado de 460 mortos, 269 palestinianos, entre os quais havia 19 mulheres e 20 crianças.

 

  • O processo entre 1983 e 1984.

 

A campanha militar do Líbano provocou um mal-estar no governo de Israel. Nesta altura pedia-se o regresso rápido das suas tropas. Com a mediação dos EUA, foi estabelecido um acordo em Maio de 1983, entre o Líbano e Israel, o qual a Síria se opôs sobre a retirada das suas tropas estrangeiras ai estacionadas, que praticamente não tinham intervido no conflito. Também se opuseram a qualquer acordo as unidades da FLP estacionadas em grande parte no Líbano, entre as quais se produziram confrontos armados, devido à política vacilante de Arafat. Em Julho de 1983, Israel anuncia a retirada das suas unidades militares para o rio Awali. Não ficando a preparação para uma ocupação mais ampla na zona sul do Líbano, enquanto que por parte da Síria e da FLP, não se manifestava qualquer disposição para chegar a um acordo parcial.

 

O resultado indirecto foi o recrudescimento da luta entre grupos palestinianos e drusos, por um lado e por outro as unidades cristãs e o exército libanês. O ataque de infantaria e artilharia mudou do monte Schuf para Beirute, apanhando as aldeias cristãs dos arredores. Reacendendo a guerra civil, luta que provocou um perigo maior para os soldados que faziam parte do contingente das tropas da paz da ONU.

 

Bibliografia

– A moderna História de Israel.

– O Sionismo, a epopeia de um povo.

– A Palestina na História.

– História do Estado de Israel.

GUERRA DOS SEIS DIAS

Fevereiro 23, 2013

1967 (DAVID e GOLIAS)

Designada por Guerra dos 6 Dias, que foi o tempo que duraram as operações militares. Esta a terceira entre Israel e os seus vizinhos Se por um lado se salda numa vitória relâmpago, igualmente numa vitória esmagadora do exército israelita, por outro irá conduzir a uma profunda alteração das fronteiras do Estado de Israel. Com a ocupação de Jerusalém Leste e da Cisjordânia, à Jordânia. Gaza e do Sinai ao Egipto e dos montes Golam à Síria. Israel duplica assim as suas fronteiras, quadruplicando a superfície do seu território.

Cada protagonista remeteu, na época, para os outros a responsabilidade do conflito, tendo os media ocidentais, nomeadamente os franceses, tomando partido a favor de Israel face aos estados árabes envolvidos, como sendo David contra Golias. A guerra de 1967 foi mesmo apresentada através de uma agressão militar egípcia e de uma fulgurante resposta militar israelita. Actualmente assim, a dita versão dos factos históricos, tendo os responsáveis israelitas, que na época corrigiram as versões propagandistas divulgadas. O General Itzhak Rabin, então Chefe do Estado-Maior do Exército disse na época «Não creio que Nasser quisesse a guerra. As 2 divisões que mandou para o Sinai, em 14 de Maio, não seriam suficientes para lançar uma ofensiva contra Israel. Sabia-o e sabíamo-lo nós». Do mesmo modo, o General Matityahu Peled comentava «A tese segundo o qual a ameaça de genocídio pendia sobre as nossas cabeças em Junho de 1967, e que Israel lutava pela sua existência física, não passava de um bluff». Na verdade, as hostilidades desencadeiam-se na sequência de uma real e inquietante subida de tensão, em que cada estado receava as intenções do outro. O ambiente está bastante calmo quando em 1963 Israel decide desviar unilateralmente as águas do rio Jordão. A resposta árabe na Cimeira do Cairo, decide igualmente desviar 2 ou 3 afluentes do rio Jordão, e promove paralelamente a criação da OLP, que se constituirá efectivamente em Maio, e em Jerusalém, sobre a presidência de Ahmed Chukeyri.

Em Janeiro de 1965, a Fatah envia os seus primeiros comando armados para Israel, através das linhas jordanas, com a ajuda da Síria. Israel reage com raides aéreos de represália contra os estaleiros árabes, destinados a desviar o rio Jordão, e contra os países de origem das infiltrações dos homens de Arafat. O Estado-Maior aposta sobretudo segundo o Egipto e a síria, que manifestam publicamente os seus receios em Abril, numa operação de grande envergadura contra os países árabes. A inquietação aumenta a 15 de Maio de 1967, com um desfile militar israelita em Jerusalém, ao arrepio do armistício. È então que o Cairo coloca o exército em estado de alerta, e a 18, exige a retirada dos observadores da ONU de Charm el Cheik e de Gaza, que as tropas egípcias ocupam no dia 21, confiantes do apoio militar soviético tanto a nível estratégico como militar. No dia a seguinte, o golfo de Akaba é interdito á frota comercial judaica, ou outros barcos que comercializem para Israel.

Em Jerusalém, onde Menahem Begin integra pela primeira vez o governo, a adesão da Jordânia a 31 de Maio e do Iraque a 4 de Junho, ao pacto militar egípcio-sírio. O cerco estabelecido leva logo a seguir um ataque fulgurante. Uma vez aniquilada a aviação árabe de fabrico soviético, em apenas numa manhã. O exército judaico apodera-se em seis dias do Sinai egípcio, da Cisjordânia jordana, e a custa de uma recusa de cessar-fogo decretada pela ONU, o planalto sírio de Golam é anexado. Ao cabo de 5 meses de negociações, a ONU, afirma com a resolução 242 do Conselho de Segurança, a necessidade de uma retirada de Israel sobre os territórios estrategicamente ocupados para sua segurança. Em troca do final deste estado de beligerância, e do reconhecimento diplomático de todos os Estados da região, da livre navegação do Suez e do golfo de Akaba, assim como a criação de zonas desmilitarizadas.

A esmagadora vitória israelita, é em muitos aspectos destabilizadora. Demais até para o mundo árabe, esta nova Nekba, alimentando o nacionalismo pós 1948, precipita uma crise. Esta vaga perseguiu no início dos anos 60, nomeadamente com a independência argelina, a revolução no Iémen do Norte, a luta armada no Áden e a coligação Baas-PC na Síria. Registará alguns desenvolvimentos significativos, a radicalização no Iraque e a queda da monarquia na Líbia. A retirada completa da Inglaterra e independência nos limites da península arábica. Mas o fluxo estava em vias de se inverter. Desacreditados pela derrota esmagadora, os regimes egípcios e sírios sofrem as repercussões a nível interno dos seus fracassos internos e externos, militares, económicos e políticos.

Uma vez atingidos os seus objectivos independentistas, o movimento nacional, é alvo de interesses contraditórios, que se exprimem e confrontam em torno de reformas agrárias e comerciais, cuja a aposta é a abertura do mercado ao ocidente. Um símbolo e uma etapa, após a morte de Gamal Abdel Nasser, devido a complicações cardíacas, é substituído por Anuar Al Sadat.

Mas a sorte muda a favor de Israel, que em 1967entra num período qualitativo novo. Até ai Israel invocava a legitimidade internacional dada pela ONU à sua fundação, ignorando a extensão do seu território, como resultado da Guerra da Independência em 1948 e do êxodo forçado de milhares de palestinianos. Entretanto o Egipto com Gaza e a Jordânia com a Cisjordânia, dispunham na verdade da criação de um estado palestiniano, com Jerusalém Leste como capital. Mas os factos mudam a 10 de Junho de 1967, Israel após a guerra relâmpago tem o domínio exclusivo destes territórios, que apenas pode oferecer em troca de paz. Não só os dirigentes de Jerusalém vão recusar a concretização, seja sobre que forma for, dos direitos nacionais dos palestinianos, dando os primeiros passos no sentido da criação de colonatos judaicos e a recuperação da velha Jerusalém, e recusando o regresso de 250.000 novos refugiados de guerra. Para os palestinianos as consequências desta opção são demasiado óbvias, para os israelitas só serão mais tarde. A ocupação continua da Cisjordânia e de Gaza, e o bloqueamento do problema palestiniano. Como tal a impossibilidade de paz estão na origem da crise que abala a sociedade israelita.

Na época o General Moshe Dayan, declara que os árabes odeiam os judeus por razões pessoais, religiosas e raciais. Consideram na sua perspectiva como ocidentais, estrangeiros e invasores que se apoderaram de um território para fundar um Estado judaico, a partir desse momento o objectivo de Israel contra a vontade dos Estados Árabes, é viver num estado de conflito permanente. Assim a ocupação passa a ser militarmente estratégica.

DEPOIS DE 1947 – ESTADO DE ISRAEL

Fevereiro 23, 2013
  • 1947

29 de Novembro – A Assembleia-Geral da ONU adopta, por maioria de dois terços, o plano de partilha da Palestina.

  • 1948

9 e 10 de Abril – Massacre da aldeia palestiniana de Deir Yassine pelas tropas do Irgun.

14 de Maio – Proclamação da Independência do Estado de Israel. Os Estados Árabes recusaram o Plano de Partilha e os seus exércitos dia 15 entraram na Palestina.

  • 1948 e 1949 – Guerra da Palestina, que termina com a vitória do estado hebraico. Armistício assinado entre Israel e os Estados Árabes.
  • 1949

11 de Maio – O Estado de Israel torna-se membro da ONU.

  • 1950

24 de Abril – Anexação da Cisjordânia pela Transjordânia. O Egipto garante o seu controlo sobre Gaza.

Maio – Declaração tripartida entre a Inglaterra, França e os EUA sobre o Médio Oriente.

  • 1951

20 de Julho – Assassinato do rei Abdallah da Jordânia.

Outubro – Israel recusa o plano de paz da ONU, aceite pelo Egipto, Síria, Líbano e a Jordânia.

  • 1953

19 de Agosto – Um golpe de estado fomentado pela CIA, derruba o primeiro-ministro iraniano Mohammad Mossadegh, culpabilizado de ter nacionalizado o petróleo.

  • 1955

24 de Fevereiro – Assinatura do acordo de Bagdad.

28 de Fevereiro – Ataque de Israel á faixa de Gaza.

Abril – A conferência de Bandeong, que assinala o nascimento do movimento dos países não Alinhados, apoiando os direitos dos palestinianos.

  • 1956

Março – A pressão nacionalista leva a Jordânia ao afastamento do general britânico Glubb Pacha.

26 de Julho – Nacionalização da Campanha do Canal de Suez por Nasser, presidente egípcio.

Outubro e Novembro – Ataque simultâneo de Israel, França e Inglaterra contra o Egipto.

  • 1957

Janeiro – Apresentação da doutrina de Eisenhower, presidente americano.

  • 1958

1 de Fevereiro – União do Egipto e da Síria no seio da Republica Árabe Unida (RAU).

14 de Julho – Queda da monarquia iraquiana, seguida de intervenções preventivas: Inglaterra em Amã e EUA em      Beirute.

  • 1959

Outubro – I Congresso da Fatah, criada no Kuwait.

  • 1961

29 de Setembro – Secessão as Síria com o Egipto na RAU.

  • 1962

Setembro – Revolução no Iémen do Norte.

  • 1963

Março – Um golpe de estado militar leva o partido Baas ao poder em Damasco, capital da Síria.

  • 1964

Janeiro – Apresentação do Plano Burguiba para a paz na Palestina.

13 e 17 de Janeiro – Primeira Cimeira dos Chefes dos Estados Árabes no Cairo.

29 de Maio – Criação da Organização da Libertação da Palestina, OLP.

  • 1965

1 de Janeiro – Primeira acção militar da Fatah contra Israel.

  • 1967

5 de Junho – Israel contra – ataca o Egipto, a síria e a Jordânia. Na sequência de uma guerra relâmpago de seis dias. Ocupação Israelita do Sinai, de Gaza, Montes Golam, Cisjordânia e de Jerusalém Leste. Começando a sua colonização.

22 de Novembro – O Conselho de Segurança da ONU, adopta a resolução 242.

  • 1968

21 de Março – Batalha de Karameh, na Jordânia entre tropas israelitas e milícias palestinianas.

10 e 17 de Julho – Reunião do IV Conselho Nacional Palestiniano. Alterações da Carta Nacional.

Julho – O Partido Baas toma o poder em Bagdad.

  • 1969

1 e 4 de Fevereiro – V Conselho Nacional Palestiniano. Yasser Arafat torna-se presidente do Conselho Executivo da OLP.

25 de Maio – Nemeiry toma o poder em Cartum, capital do Sudão.

1 e 8 de Setembro – Kadhafi toma o poder em Tripoli, capital da Líbia.

Novembro – Acordos do cairo entre o governo Libanês e a OLP, na sequência de numerosos incidentes no Líbano.

  • 1970

Fevereiro – Graves confrontos entre a OLP e o governo jordano.

Julho – Aceitação de Nasser e pelo réu Hussein da Jordânia do Plano Roger (EUA), que prevê a aplicação das resolução 242 da ONU.

Setembro – Novos Confrontos entre a OLP e o governo jordano. Setembro Negro.

28 de Setembro – Morre Nasser.

16 de Novembro – Hafez Al Assad, toma o poder em Damasco, capital da Síria.

  • 1970 e 1971

Expulsão da OLP da Jordânia. A direcção da resistência terrorista da Palestiniana instala-se no Líbano.

  • 1972

5 e 6 de Setembro – Massacre dos atletas da comitiva israelita nos Jogos Olímpicos de Munique, por um comando da      organização palestiniana Setembro Negro.

  • 1973

Abril – Operação israelita em Beirute, assassinando 3 importantes dirigentes da OLP.

Agosto – Criação da Frente Nacional Palestiniana nos territórios ocupados.

6 de Outubro – Ofensiva das tropas egípcias e sírias conta Israel. Início da guerra de Outubro, chamada Guerra de Yom Kippur.

22 de Outubro – Adopção da resolução 338 do Conselho de Segurança da ONU. Os combates terminam alguns dias mais tarde.

26 e 28 de Novembro – cimeira Árabe de Argel. A OLP é reconhecida como o único representante do povo palestiniano.

  • 1974

1 e 9 de Julho – XII Conselho Nacional Palestiniano. A OLP aceita a ideia de uma autoridade nacional, para todas as zonas da Palestina. Semanas mais tarde é criada a Frente de Rejeição.

16 e 29 de Outubro – Cimeira Árabe de Rabat. A Jordânia junta-se à opinião maioritária e reconhece a OLP.

13 de Novembro – Discurso de Yasser Arafat na ONU. A ONU reconhece o direito dos palestinianos á independência e á autodeterminação. A OLP alcança o estatuto de Observador.

  • 1975

Abril – Início da Guerra civil libanesa.

  • 1976

30 de Março – Jornada da Terra na Galileia, com grandes manifestações dos árabes israelitas, reprimidas pelas autoridades israelitas, causando 6 mortos.

13 de Abril – Eleições municipais na Cisjordânia ocupada. Vitória clara dos candidatos da OLP.

Junho – Intervenção maciça das tropas sírias no Líbano contra a OLP e o Movimento Nacional Libanês.

12 de Agosto – Rendição do campo palestiniano de Tal Al-Zaatar no Líbano, após 57 dias de cerco.

6 de Setembro – A OLP é admitida como membro efectivo na Liga Árabe.

  • 1977

12 de Março – XII Conselho Nacional Palestiniano da OLP no Cairo. É aceite a ideia de um Estado independente identificado na Palestina.

3 e 4 de Maio – Primeiro encontro oficial entre a OLP e o Partido Comunista Israelita em Praga na Checoslováquia.

17 de Maio – A direita ganha pela primeira vez as eleições em Israel Menahem Begin é eleito pela primeira vez primeiro-ministro de Israel.

29 de Junho – A Cimeira Europeia em Londres reconhece pela primeira vez, a necessidade de uma pátria para o povo palestiniano.

19 e 21 de Novembro – Viagem do presidente egípcio Anuar Al Sadat a Jerusalém.

1 e 5 de Dezembro – É criada em Trípoli, a Frente da Firmeza, que reúne a Líbia, a Argélia, a Síria, o Iémen do sul e a OLP.

  • 1978

14 de Março – Israel invade o sul do Líbano.

17 de Setembro – Assinatura dos acordos de Camp David entre o Egipto, Israel e os EUA.

5 de Novembro – Fim da Cimeira Árabe de Bagdade, que condena os acordos de Camp David.

  • 1979

1 de Fevereiro – Regresso do Ayatollah Khomeyni a Teerão.

26 de Março – Assinatura do Tratado de Paz entre o Egipto e Israel em Washington.

6 de Julho – Encontro entre Arafat, o Chanceler Alemão Brandt e o Chanceler austríaco Kreisky em Viena.

  • 1980

2 de Junho – Atentados contra 3 presidentes de câmara palestinianos, os de Nablus e Ramallah que ficam gravemente feridos.

30 de Julho – O Knesset (Parlamento Israelita) vota uma lei fundamental proclamando Jerusalém reunificada como a capital de Israel.

Setembro – Início da Guerra Iraque e Irão.

  • 1981

Junho – Ataque israelita ao reactor nuclear Osirak em Tamuz no Iraque.

Julho – Guerra israelo-palestiniana na fronteira libanesa. Bombardeamentos israelitas a Beirute.

7 de Agosto – Plano de Paz proposto pelo Emir Fahd, príncipe herdeiro da Arábia Saudita.

6 de Outubro – O presidente egípcio Sadat é assassinado.

14 de Dezembro – Em vésperas da declaração do «Estado de Guerra», na Polónia, Israel anexa os Montes Golam.

  • 1982

Março e Abril – Levantamento palestiniano nos territórios ocupados. Destituição dos presidentes de câmara eleitos.

25 de Abril – Fim da evacuação do Sinai por Israel.

6 de Junho – Início da invasão israelita do Líbano. O cerco a Beirute começa poucos dias depois.

21 de Agosto – A OLP inicia a evacuação de Beirute sob a protecção da Força Multinacional ai estacionada.

1 de Setembro – Plano de Paz do Presidente Americano Ronald Reegan.

9 de Setembro – É adoptada a resolução no final da Cimeira Árabe de Fez.

14 e 18 de Setembro – O novo presidente libanês, Bechir Gemayel é assassinado. Entrada dos militares israelitas em Beirute Ocidental. Massacres de Sabra e Chatila.

20 de Setembro – O Rei Hussein da Jordânia propõe uma Confederação Jordano-Palestiniana.

21 de Setembro – Eleição de Amine Gemayel para a presidência do Líbano.

  • 1983

Janeiro – Encontro entre Arafat e os pacifistas israelitas Avnery e Peled em Tunes.

Abril – Malogro das negociações entre Arafat e o rei Hussein da Jordânia.

10 de Abril – Assassinato do palestiniano Sartaui no Congresso Internacional Socialista, reunido em Portugal.

17 de Maio – Acordo israelo-libanês.

25 de Maio – Tem início a dissidência na Fatah.

Agosto e Setembro – Recomeço da Guerra Civil no Líbano, Drusos assumem o controlo do Chuf.

Novembro – Início do cerco de Trípoli pelos sírios e os seus aliados palestinianos dissidentes.

24 de Novembro – Troca de 6 soldados israelitas por cerca de 1500 prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

20 de Dezembro – Em barcos gregos e      sobre protecção francesa, Yasser Arafat e mais 4000 seguidores partem de Trípoli no Líbano.

  • 1984

Fevereiro – Derrota de Amine Gemayel. Demissão do governo Wazzan. Tomada de Beirute Ocidental pelas milícias de Amal. Os combatentes do Partido Socialista Progressista de Walid Jumblatt concentram-se na montanha.

5 de Março – Anulação do acordo israelo-libanês de 17 de Maio de 1983 por Amine Gemayel.

1 de Abril – Partida do Líbano dos soldados da Força Multinacional.

16 de Maio – Formação em Beirute de um governo de unidade nacional.

23 de Julho – Eleições legislativas em  Israel. Os 2 grandes partidos irão formar um governo de unidade nacional, após várias semanas de negociações.

  • 1985

Janeiro – Processo de transferência dos judeus etíopes, os Falachas para Israel. Considerada uma das operações mais bem sucedidas por Israel, após a aniquilação dos terroristas de Munique e os fugitivos nazis.

15 de Janeiro – Anúncio de uma retirada das tropas israelitas do Líbano, por etapas.

11 de Fevereiro – Adopção em Amã, pelo rei Hussein e Yasser Arafat, de uma declaração comum, designada por Acordo      Jordano-Palestiniano.

Entre Março e Maio – Novos massacres em Sabra e Chatila, e noutros campos de refugiados palestinianos do Líbano, desta vez obra de milícias Xiitas de Amal.

Junho – Fim da retirada militar israelita do Líbano, com excepção da faixa fronteiriça do sul, controlada pelo Exército do sul do Líbano.

1 de Outubro – Raide da aviação israelita sobre o quartel-general da OLP na Tunísia provocando cerca de 70 mortos.

  • 1986

15 de Abril – Raide americano sobre Tripoli e Benghazi na Líbia, seguido das sanções europeias., acusada por Washington de organizar o terrorismo anti-ocidental.

29 de Maio – No Líbano, início de uma nova guerra, desencadeada por milícias Xiitas de Amal contra os palestinianos.

5 de Outubro – Publicado no Sunday Times, as revelações do engenheiro nuclear israelita Vanunu, segundo o qual Israel teria fabricado cerca de 100 a 200 bombas nucleares. Vanunu é raptado e levado para Israel e condenado em 1988 a 18 de anos de prisão.

  • 1987

4 de Março – Ronald Reegan reconhece que os fornecimentos de armas ao Irão foram um grave erro e promete uma melhor      colaboração com o Congresso Americano. É o início do escândalo «Irangate».

20 a 26 de Abril – Reunificação da OLP integrando a Fatah, FPLP, FDLP e PCP. Após o XVIII Conselho Nacional Palestiniano reunido em Argel.

31 de Julho – 402 de pessoas morrem nos confrontos entre peregrinos iranianos e a policia Saudita em Meca.

Dezembro – Início da primeira Intifada.

  • 1988

16 de Abril – Um comando israelita assassina o número dois da OLP, Abu Jihad em Tunes.

4 de Maio – Libertação de Marcel Carton, Marcel Fontaine e Jean-Paul Kauffmann. Todos os reféns franceses são libertados, salvo Michel Seurat, assassinado nos calaboiços dos fundamentalistas Xiitas de Beirute, o Hezbollah.

31 de Julho –  O rei Hussein da Jordânia anuncia na televisão, o rompimento dos laços legais e administrativos do seu país com a Cisjordânia, anexada pelo seu avô Abdallah em 1950 e ocupada desde 1967 por Israel.

Agosto – Cessar-fogo entre o Iraque e o Irão, após 8 anos de guerra.

12 e 15 de Novembro – XIX sessão do Congresso Nacional Palestiniano em Argel. A OLP proclama o Estado palestiniano, e reconhece as resoluções 181, 242 e 338 da ONU e reafirma a sua condenação ao terrorismo.

15 de Dezembro – Os EUA aceitam abrir um diálogo substancial com a OLP.

  • 1989

14 de Março – No Líbano, o general Aun declara a guerra de libertação contra a Síria.

2 e 4 de Maio – Visita de Yasser Arafat a Paris, no decorrer da qual o dirigente da OLP declara a Carta Palestiniana «Caduca».

1 de Junho  – Morre o Ayatollah Khomeyni.

30 de Junho – No Sudão, um golpe de estado militar do general Omar Hassan Al Bechir aliado aos islamitas.

1 a 24 de Outubro – A reunião dos deputados libaneses em Taef na Arábia Saudita, leva a um documento de concórdia nacional, que prevê reformas constitucionais.

  • 1990

Janeiro – Emigração em larga escala dos judeus da URSS para Israel. O número total atinge cerca de 200 mil.

1 de Abril – Num discurso ao Comando Geral das Forças Armadas, o presidente iraquiano Saddam Hussein anuncia:

–       Temos a arma química binária.

–       Faremos com que o fogo devore metade de Israel, se tentar seja o que for contra o Iraque.

15 de Abril – O primeiro dos 29 voos da Aeroflot previstos para transportar 1 milhão de exemplares do alcorão oferecidos pelo rei Fahd da Arábia Saudita aos muçulmanos soviéticos.

22 de Maio – Proclamação da República do Iémen, fusão das repúblicas do norte e do sul, tendo como Saana a capital.

20 de Junho – Após tentativa de desembarque de um comando palestiniano em Israel, o Presidente Americano George Bush suspende o diálogo americano-palestiniano.

2 de Agosto – O Iraque invade o Kuwait. O Conselho de Segurança da ONU, pela resolução 660, adoptada por 14 votos e 1 abstenção a do Iémen. Exige a retirada imediata e incondicional de todas as forças invasoras iraquianas.

8 de Agosto – Enquanto o Iraque anuncia a anexação do Kuwait, o Presidente Norte-Americano George Bush, anuncia a      decisão de enviar para a região um contingente de milhares de soldados americanos. Por sucessivos acréscimos, acabaram por ser mais de 500.000 na Arábia Saudita, tantos como no Vietname.

9 de Setembro – No final da Cimeira Americano-Soviética de Helsínquia. George Bush e Mikhail Gorbatchev declaram:

–       Estaremos juntos contra a agressão iraquiana enquanto esta crise durar. (…) Se as medidas já tomadas falharem, estamos prontos a encarar medidas suplementares conforme a Carta das Nações Unidas. Devemos mostrar sem qualquer espécie de dúvida que a agressão não pode ter sucesso e não terá.

30 de Setembro – A URSS e Israel decidem restabelecer relações consulares e abrir uma linha aérea directa.

8 de Outubro – No Líbano, o general Aun, expulso do seu palácio pelo exército sírio, refugia-se na embaixada de França.

29 de Novembro – O Conselho de Segurança da ONU autoriza, pela resolução 678, o uso da força contra o Iraque a partir de 15 de Janeiro de 1991.

  • 1991

15 de Janeiro – Assassinado em Tunes do número dois da OLP, Abu Iyad.

17 de Janeiro – No dia seguinte a expirar o prazo do ultimato fixado pelo Conselho de Segurança da ONU, inicia-se os bombardeamentos sobre o Iraque e o Kuwait ocupado. No dia seguinte, os iraquianos contra-atacam lançando os primeiros mísseis Scud.

24 de Fevereiro – início da ofensiva terrestre contra o Iraque «Tempestade do Deserto».

27 de Fevereiro – O governo iraquiano anuncia às Nações Unidas que aceita incondicionalmente as 12 resoluções da ONU. Os últimos combates terminam na noite de 27 para 28.

Março – Levantamento popular no Iraque, primeiro a sul por Xiitas e depois a norte, pelos curdos.

30 de Outubro – Abertura da Conferência de Madrid por George Bush e Mikhail Gorbachov, a que se segue, a 3 de Novembro, as primeiras negociações bilaterais entre Israel e os seus      vizinhos árabes, incluindo os palestinianos.

  • 1992

24 de Fevereiro – O Secretário de Estado norte-americano James Baker faz depender a atribuição de garantias bancárias para um empréstimo a Israel da suspensão dos colonatos judaicos na Cisjordânia e na faixa de Gaza.

9 de Março – Morte de Menahem Begin. O balanço oficial, publicado em Beirute de 15 anos de guerra civil, dá conta de 144 240 mortos, 17 415 desaparecidos e 197 506 feridos.

7 de Abril – Yasser Arafat sai incólume de um acidente de aviação na Líbia.

15 de Abril – O Conselho de Segurança da ONU decreta um embargo aéreo contra a Líbia.

23 de Junho – Itzhak Rabin e a sua coligação, o Partido Trabalhistas e Meretz, vencem as eleições legislativas israelitas.

16 de Dezembro – Na sequência do rapto e assassinato de um guarda da fronteira pelo grupo terrorista, o Hamas. O governo israelita expulsa para o sul do Líbano 415 palestinianos suspeitos de simpatia pelos islamitas.

  • 1993

Janeiro – Início das negociações secretas de Oslo entre Israel e a OLP.

9 e 10 de Setembro – Israel e a OLP  decidem-se pelo reconhecimento mútuo.

13 de Setembro – Assinatura pela OLP e pelo Governo de Israel, na Casa Branca em Washington, com a presença de Itzhak Rabin e de Yasser Arafat, da Declaração de Princípios sobre a autonomia palestiniana.

30 de Dezembro – O Vaticano e o Estado de Israel concluem um acordo fundamental, no seguimento do qual serão trocados embaixadores em Janeiro de 1994.

  • 1994

16 de Janeiro – A cimeira americano-síria relança as negociações entre Israel e a Síria com base numa retirada israelita dos Montes Golam.

25 de Fevereiro – Massacre no Túmulo dos Patriarcas em Hebrón. O colono Baruch Goldstein assassina 29 palestinianos.

29 de Fevereiro – Acordo em Paris entre Israel e a OLP sobre questões económicas.

Maio e Julho – Guerra civil no Iémen.

4 de Maio – Acordo no Cairo entre Itzhak Rabin e Yasser Arafat sobre as modalidades da aplicação da Declaração de Princípios israelo-palestinianos.

1 de Julho – Regresso de Yasser Arafat á faixa de Gaza.

26 de Outubro – Assinatura do Tratado de Paz entre Israel e a Jordânia.

  • 1995

24 de Julho – Cerco total dos territórios após o atentado da véspera, reivindicado pelo grupo terrorista Hamas, contra um autocarro em Jerusalém.

28 de Setembro – Acordo do alargamento da autonomia da OLP, chamado Oslo II.

4 de Novembro – Itzhak Rabin é assassinado pelo estudante de extrema-direita Yigal Amir. Sendo substituído por Shimon Peres.

13 de Novembro – Atentado em Riade na Arábia Saudita contra uma instalação da Guarda Nacional. Morrem 5 soldados      americanos.

Novembro e Dezembro – Israel conclui a sua retirada das cidades palestinianas, com excepção de Hebrón.

24 de Dezembro – Na Turquia Necmettin Erbakan, dirigente do partido islamita Refah, vence por ampla margem as eleições legislativas.

  • 1996

20 de Janeiro – Yasser Arafat é eleito presidente da Autoridade Palestiniana e os seus partidários ganham dois terços dos 80 lugares no Conselho de Autonomia.

Março – O grupo terrorista Hamas organiza em Jerusalém, Telavive e Achkelon uma série de atentados sangrentos, após o assassinato em 5 de Janeiro do terrorista Yehia Ayache pela Mossad.

Abril – O Hezbollah inicia uma série de ataques com rokets contra o norte de Israel. Shimon Peres dá luz verde ao exército israelita para a operação «Vinhas da Ira» no Líbano. No dia 18, cerca de 98 civis refugiados no campo da ONU de Cana no sul do Líbano morrem sob bombas israelitas, a dia 27 é declarado o cessar-fogo.

24 de Abril – Reunido pela primeira vez na Palestina em Gaza o Conselho Nacional Palestiniano elimina da sua Carta todos os artigos que colocam em causa o direito à existência do Estado de Israel.

26 de Abril – O Conselho de Segurança da ONU aplica sanções contra o Sudão, acusado de apoiar o terrorismo internacional.

Maio – Acordo sobre a implementação da resolução 986 do Conselho de Segurança da ONU, votada em 1995, designada      «Petróleo em Troca de Alimentos».

29 de Maio – Benjamin Netanyahu e a sua coligação, incluindo direita e extrema-direita e os partidos religiosos ganham as eleições israelitas.

25 de Junho – Explosão de um camião armadilhado em El Khobar, próximo da base militar americana de Dhahran na Arábia Saudita, causando a morte de 19 soldados americanos.

5 de Agosto – O Presidente Norte-americano, Bill Clinton assina a lei que prevê sanções contra sociedades estrangeiras que invistam no sector petrolífero no Irão e na Líbia.

Setembro – confrontos no Curdistão iraquiano. Intervenção do exército iraquiano e posteriores bombardeamentos americanos.

27 e 29 de Setembro – A abertura pela municipalidade judaica de Jerusalém de um túnel por baixo da Esplanada das      Mesquitas, provoca os mais graves actos de violência nos territórios ocupados desde o final da Intifada, totalizando 76 mortos.

  • 1997

15 de Janeiro – protocolo de acordo sobre a recolocação israelita na cidade de Hebrón e a transferência de poderes para a Autoridade palestiniana.

25 de Fevereiro – O governo israelita anuncia a sua decisão de construir um colonato judaico na colina de Har Homa, na parte árabe ocupada de Jerusalém.

  • 1998

23 de Outubro – Acordo Wye River. A autoridade palestiniana deverá recuperar em 3 meses mais de 13% do território da Cisjordânia.

  • 1999

7 de Fevereiro – falecimento de Hussein da Jordânia, substituído pelo filho, que se torna o rei Abdallah II.

25 de Março – Reunidos em Berlim, os chefes dês estado e de governo dos países membros da União Europeia afirmam:

–       O direito definitivo e sem restrições dos palestinianos à autodeterminação, incluindo a possibilidade de um Estado.

4 de Maio – Final do período de      autonomia palestiniana prevista pela Declaração de Princípios de 13 de Setembro de 1993. O Conselho Central da OLP, aceita adiar a proclamação do Estado palestiniano independente.

17 de Maio – Vitória em Israel do Partido Trabalhista Ehud Barak é o novo Primeiro-Ministro.

15 e 16 de Dezembro – recomeço em Washington das conversações israelo-sírias interrompidas em 1996.

  • 2000

26 de Março – Em Genebra fracassa a cimeira entre Bill Clinton e o seu homólogo sírio Hafez Al Assad, representa o toque de afinados das esperanças de paz entre Israel e a Síria.

Maio – retirada precipitada do exército israelita do sul do Líbano, na sequência da ofensiva do Hezbollah e da derrocada do exército do Líbano – Sul, o ELS.

10 de Junho – Morte do presidente sírio Hafez Al Assad, substituído pelo seu filho Bachar.

11 e 24 de Julho – Negociações em Camp David entre o Presidente Norte-americano Bill Clinton com Ehud Barak e Yasser Arafat.

28 de Setembro – Visita de Ariel Sharon, dirigente da direita israelita, à Esplanada das mesquitas em Jerusalém. No dia seguinte tem início a segunda Intifada.

21 de Dezembro – Apresentação por Bill Clinton dos seus parâmetros e reinício das negociações.

  • 2001

21 e 27 de Janeiro – As conversações israelo-palestinianas de Taba, no Egipto permitem a aproximação de um acordo.

6 de Fevereiro – Ariel Sharon é eleito Primeiro-Ministro de Israel.

11 de Março – o exército israelita impõe um bloqueio total a Ramallah, colocando barreiras em todos os acessos.

28 de Março – Israel lança de noite uma série de raides de helicópteros sobre Gaza e a Cisjordânia como resposta aos últimos atentados em Israel. Fim da primeira Cimeira Árabe ordinária desde a Guerra do Golfo em Amã.

19 de Maio – Os representantes dos países da Liga árabe pedem aos governos árabes no seu conjunto que rompam quaisquer contactos políticos com Israel enquanto este não puser fim às suas acções militares contra os palestinianos.

21 de Maio – A comissão Mitchell preconiza um congelamento do alargamento dos colonatos judaicos na Cisjordânia e na faixa de Gaza e a prisão dos terroristas, para pôr fim a 8 meses de violência. No final do Mês 23 queixosos, incluindo 22 dos      sobreviventes dos massacres de Sabra e Chatila, apresentam uma queixa colectiva em Bruxelas contra Ariel Sharon por atentados aos direitos humanos e crimes de guerra.

1 de Junho – Um atentado contra uma discoteca em Telavive, mata 21 jovens israelitas.

10 de Agosto – No dia seguinte a um atentando a Jerusalém que provocou 17 mortos e cerca de 90 feridos, forças especiais israelitas ocupam os escritórios da Autoridade Palestiniana na Casa do Oriente e em 9 locais de Jerusalém Leste.

27 de Agosto – Abu Ali Mustapha, chefe da FPLP é morto pelo exército israelita em Ramallah.

11 de Setembro – Ataques contra as torres gémeas do World Trade Center em Nova Iorque e contra o Pentágono em      Washington. No dia seguinte, o Conselho de Segurança da ONU, na sua resolução 1368, reconhece, o direito inerente à legítima defesa individual ou colectiva de acordo com a Carta e estipula:

–       O Conselho de Segurança apela a todos os Estados a agir em conjunto para apresentar à justiça os autores, organizadores e mandatários destes ataques terroristas e sublinha que os que tiverem a responsabilidade de ajudar, apoiar ou albergar os autores, organizadores e mandatários destes actos deveram prestar contas.

2 de Outubro – George W. Bush declara:

–       A ideia de um Estado palestiniano sempre fez parte da nossa perspectiva, desde que o direito de Israel à existência seja respeitado.

7 de Outubro – A FPLP assassina em Jerusalém o ministro israelita do Turismo Rehavam Zeevi.

23 de Novembro – Assassinato perto de Nablus de Mahmud Abu Hannud um dos principais chefes militares do grupo      terrorista do Hamas, que responde organizando nos dias 1 e 2 de Dezembro com 3 atentados suicidas em Jerusalém Ocidental e Haifa. No dia 4 Israel inicia o cerco ao quartel-general de Yasser Arafat em Ramallah.

26 de Dezembro – Eleição de Benjamin bem Eliezer, ministro israelita da defesa no gabinete de Ariel Sharon, à cabeça do partido Trabalhista.

  • 2002

3 de Janeiro – O exército israelita anuncia ter interceptado no Mar vermelho um barco, o Karina A, carregado com 50 toneladas de armas destinadas à Autoridade Palestiniana.

18 de Fevereiro – A Arábia Saudita propõe pela primeira vez a normalização das relações diplomáticas com Israel, em caso de retirada total de Israel dos territórios ocupados.

28 de Fevereiro e 2 de Março – O exército israelita lança uma operação nos campos de refugiados de Balata, perto de Nablus e de Jenine na Cisjordânia. Resultado, 21 palestinianos e 2 soldados israelitas morrem.

13 de Março – O Conselho de segurança da ONU adopta com 14 votos a favor e uma abstenção, da Síria a resolução 1397, que pela primeira vez refere a perspectiva de 2 estados, Israel e a Palestina vivendo lado a lado no interior de fronteiras reconhecidas e      seguras.

27 de Março – A Cimeira Árabe, reunida em Beirute, adopta o plano de paz do príncipe saudita Abdallah, oferecendo a Israel uma total normalização das suas relações com o mundo árabe em troca de uma retirada total dos territórios ocupados em 1967. Nessa mesma noite, um atentado suicida num hotel de Netanya em Israel, faz 29 mortos. No dia seguinte, o exército israelita lança-se na operação «Rempart», a reocupação de toda a Cisjordânia.

30 de Março – O Conselho de segurança da ONU pede a Israel, na sua resolução 1402, par se retirar de Ramallah.

3 de Abril – O exército israelita entra no campo de refugiados de Jenine. Quando da sua retirada, no dia 24, contam-se 52 mortos palestinianos e 23 israelitas.

2 de Maio – Yasser Arafat sai do quartel-general de Ramallah após mais de 1 mês de cerco israelita.

10 de Maio – Final do cerco da igreja da Natividade em Belém, com a saída de 123 palestinianos que ai se tinham barricado durante 39 dias.

19 de Junho – Início da operação israelita «Via Firme» nos territórios palestinianos. A seguir a um atentado suicida que matou 19 israelitas e o seu autor palestiniano, 55 personalidades palestinianas lançam um apelo, em petição publicada pelo diário Al-Qods, ao fim das acções terroristas contra Israel.

24 de Junho – George W. Bush condiciona a criação de um estado palestiniano à constituição, de uma direcção nova e      diferente, e exige verdadeiras reformas. Instituições políticas e económicas totalmente renovadas, baseadas na democracia, uma economia de mercado e acções contra o terrorismo.

19 de Agosto – Um acordo chamado «Gaza em primeiro lugar», é concluído entre a Autoridade Palestiniana e Israel com respeito ao fim dos atentados terroristas em troca de uma retirada parcial israelita dos sectores autónomos reocupados, a começar por Gaza e Belém. Nunca será aplicado.

8 de Novembro –  O Conselho de segurança da ONU adopta por unanimidade, a resolução 1441, que ordena a Bagdade que destrua todos      os seus programas de armas de destruição maciças, sob a pena do recurso à força. Regresso ao Iraque dos inspectores da ONU.

Dezembro – Tendo em vista as eleições legislativas de 28 de Janeiro, o Likud designa Ariel Sharon, contra Benjamin Netanyahu e o Partido Trabalhista propõe Amram Mitzna contra Benjamin Bem Eliezer como candidatos ao cargo de Primeiro-ministro.

  • 2003

Janeiro – O número de mortos desde o início da segunda Intifada ultrapassa os 2000 do lado palestiniano e os 700 do lado israelita.

28 de Janeiro – Vitória de Ariel Sharon nas eleições gerais em Israel.

14 de Fevereiro – Reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o Iraque e o trabalho dos inspectores.

19 de Agosto – Face à não aplicação do «Roteiro» pelo governo israelita e o assassinato selectivo de muitos dos seus militantes, as organizações islâmicas rompem tréguas com um sangrento atentado em Jerusalém.

O Governo de Ariel Sharon, decide-se  pela expulsão de Yasser Arafat.

ANTES DE 1947 – ESTADO DE ISRAEL

Fevereiro 23, 2013

CRONOLOGIA

  • Século XIII A.C. – Marcha do Egipto, legislação de Moisés

 

  •  Até ao ano 1.000 A.C. – Jerusalém passa a ser capital de David

 

  •  926 A.C. – Divisão do reino depois da morte de Salomão

 

  •  721 A.C. – Os Assírios conquistam Israel

 

  • 587 A.C. – Conquista da Judeia pelos babilónios, destruição do primeiro Templo de Jerusalém

 

  • 168 A.C. – Insurreição dos Macabeus

 

  • 63 A.C. – Início do domínio do Império Romano

 

  • 66 A.C. – Levantamento judaico, destruição do Templo em 70 e no ano 73, a queda da fortaleza de Massada

 

  • 132 / 135 D.C. – Levantamento de Bar Kochba

 

  • 634 / 638 D.C. – Início do domínio árabe

 

  • 1099 – Conquista de Jerusalém pelas cruzadas

 

  • 1291 – Termo da época das cruzadas, domínio dos Mamelucos

 

  • 1517 – Os Turcos conquistam Jerusalém

 

  • 1878 – Criação da primeira Colónia Pioneira Judaica de Peta Tiguá

 

  • 1882 – Início da primeira Aliya, Autoemancipação de Leo Pinsker

 

  •  1896 – Theodor Herzl, O Estado Judaico

 

  • 1897 – Primeiro Congresso Sionista em Basileia, na Suiça

 

  • 1909 – Criação do primeiro Kibbutz, Daganya

 

  • 1917 – Declaração Balfour

 

  • 1917 / 1918 – As tropas britânicas expulsão os turcos da Palestina

 

  • 1920 / 1922 – Mandato Britânico sobre a Palestina, com a Transjordânia

 

  • 1937 – A Comissão Pell recomenda a Divisão da Palestina e a criação de um Estado Judaico

 

  • 1939 – Limitação da emigração judaica e compra dos terrenos locais

 

  • 1947 – A Assembleia Geral da ONU, concorda com a divisão de um Estado Judaico e de um Árabe Palestiniano. Início do ataque árabe e a resistência judaica

AS 7 MARAVILHAS DO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Fevereiro 18, 2013

MOUNT RUCHMORE NACIONAL MEMORIAL

MOUNT RUCHMORE NACIONAL MEMORIAL

THE CHANNEL TUNEL

THE CHANNEL TUNEL

THE CN TOWER

Toronto Skyline

THE PETRONAS TOWER

PETRONAS TOWER

THE PANAMA CANAL

PANAMA CANAL

THE STATUE OF LIBERTY

STATUE OF LIBERTY

THE SIDNEY OPERA HOUSE

THE SIDNEY OPERA HOUSE

AS NOVAS 7 MARAVILHAS DO MUNDO

Fevereiro 18, 2013

AS PIRAMIDES DE GIZE – THE PYRAMIDS OF GIZA

THE PYRAMIDS OF GIZA

A GRANDE MURALHA DA CHINA – THE GREAT WALL OF CHINA

THE GREAT WALL OF CHINA

TAJ MAHAL – THE TAJ MAHAL

THE TAJ MAHAL

PETRA – PETRA

PETRA

MACHU PICCHU – THE MACHU PICCHU

THE MACHU PICCHU

STONEHENGE – THE STONEHENGE

THE STONEHEGEN

ACROPOLE DE ATENAS – THE ACROPOLIS

THE ACROPOLIS

AS 7 MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO

Fevereiro 18, 2013

AS 7 MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO

OS      JARDINS SUSPENSOS DA BABILONIA

The Hanging Gardens of Babylon

TEMPLO DE ARTEMIS

Temple of Artemis in Ephesis

ESTATUA DE ZEUS

The Great Statue of Zeus at Mt. Olympus

MAUSOLEU DE HELICARNASSO

The Mausoleum of Halicarnassus

COLOSSO DE RHODES

The Colossus of Rhodes

FAROL DE ALEXANDRIA

Pharos Lighthouse of Alexandria

PIRAMIDES DO EGIPTO

The Pyramids and Sphinx

CARL SAGAN

Fevereiro 18, 2013

CARL SAGAN

 

Astrónomo famoso, um dos cientistas mais lidos no mundo inteiro, Cosmos publicado a primeira vez em 1980, um ícone à astronomia, de seguida a série de televisão premiada com os trofeus “Peabody” e “Emmy”, foi visto em 60 países. Inclui também o prémio “Pullitzer” em 1978.

Participou empenhadamente na exploração espacial dos planetas e na busca de inteligência extraterrestre. Chefiou expedições das sondas americanas Mariner e Viking, mas o seu maior sucesso é devido, com certeza, aos seus livros. Alguns, como “Cosmos” e “Contacto” ganharam até versões cinematográficas (o primeiro em forma de seriado e o segundo em forma de um filme, com a participação de Jodie Foster e Matthew McConaughey.)

As suas numerosas condecorações incluem:

– Medalha da NASA, Comité Científico Excepcional e Serviços Públicos Distintos, Prémio da Astronáutica John Fitzerald Kennedy, Prémio Honda e outros tantos, uma carreira recheada de sucessos. Foi professor de Astronomia e Ciências Espaciais na Universidade de Cornell e Director do Laboratório de Estudos Planetários do Centro de Radio – Física e Investigação Espacial na mesma Universidade.

Nasceu em New York a 9 de Novembro de 1934 e faleceu em Seattle a 20 de Dezembro de 1996. Cientista e Astrónomo dos Estados Unidos da América. Em 1960, obteve o título de doutor pela Universidade de Chicago. Dedicou-se à pesquisa e à divulgação da Astronomia, como também ao estudo da chamada Exobiologia.

Foi um excelente divulgador da ciência ,considerado por muitos o maior divulgador da ciência que o mundo já conheceu.

Morreu aos 62 anos, de pneumonia, no Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, depois de uma batalha de dois anos com uma rara e grave doença na medula óssea. Sagan foi, sem duvida nenhuma, um dos maiores astrónomos que o mundo já conheceu. A Ciência perdeu o seu maior defensor, divulgador e incentivador  da actualidade.

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BOOK - COSMOS

STEPHEN W. HAWKING

Fevereiro 18, 2013

STEPHEN W. HAWKING

 

Reconhecido internacionalmente como um dos génios do século XX. Físico Inglês 64 anos, desde 1979, professor lucasiano de matemática na Universidade de Cambridge a mesma cadeira ocupada por Sir Isaac Newton, foi várias vezes um forte candidato a receber o Prémio Nóbel da Física.

O trabalho do físico Stephen W. Hawking sobre a Teoria Geral da Relatividade e a Teoria Quântica de Albert Einstein tem produzido um profundo impacto no mundo da ciência. Nas suas pesquisas, Hawking desenvolve o trabalho de Einstein e revela que se o universo começou com o Big Bang então terminará com os buracos negros.

Suas descobertas sobre os buracos negros também revelam que esses supostos aspiradores emitem energia, mas vão eventualmente evaporar e desaparecer.

Nascido em 8 de janeiro de 1942 em Oxford, Inglaterra, Hawking queria estudar matemática desde jovem. No entanto, durante anos em que estudou na Universidade de Oxford, a sua carreira académica começou a ser direccionada para a física.

Em 1984 foi diagnosticado a Hawking uma doença neurológica progressiva conhecida como a doença de Lou Gehrig, já detectada aos 21 anos, que o deixou completamente paralítico, na altura ainda podia falar mas hoje não. Hawking não desistiu, e com a ajuda de um computador que criou, desde então utiliza um sintetizador de voz para se comunicar. Gradualmente foi perdendo o movimento dos seus braços e pernas, assim como do resto da musculatura voluntária, incluindo a força para manter a cabeça erguida, com todo o qual sua mobilidade é praticamente nula.

Hawking tem 12 títulos honorários e é autor de muitas publicações, incluindo três livros. Um dos mais populares foi “Uma Breve História do Tempo”, que se manteve na lista dos mais vendidos do jornal “The London Sunday Times” durante 4 anos, entrando para o Guinness.

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BOOK - BREVE HISTORIA DO TEMPO