•CAPITÃO JAMES COOK (1728 – 1779)

Fevereiro 18, 2013
  • CAPITÃO      JAMES COOK (1728 – 1779)

James Cook foi um intrépido explorador inglês, com muitas qualidades, que deu um grande contributo para que os europeus conhecessem as terras do Oceano Pacífico. Em três viagens, 1768 a 1771, 1772 a 1774 e 1776, demarcou e explorou a Nova Zelândia, o Oriente da Austrália, o Havai e muitas outras ilhas do Oceano Pacífico.


James Cook nasceu e cresceu numa pequena cidade do litoral no norte de Inglaterra. Fez-se aprendiz de comerciante, mas estava mais interessado no mar, e alistou-se na Royal Navy, em 1775. Em 1759, tornou-se capitão do navio de Sua Majestade, o Mercury, lutando contra os franceses no rio de São Lourenço, no Canadá. Já começava a tornar-se conhecido como navegador e cartógrafo e esta capacidade mereceu-lhe a atenção da Royal Society. Foi nomeado para chefiar uma expedição ao hemisfério sul para observar o trajecto do planeta Vénus. O movimento deste planeta em torno do sol.

 

Cook era o homem indicado para chefiar expedições em águas desconhecidas e possivelmente perigosas. Além de ser um navegador experiente, mantinha registos minuciosos, essenciais para fins científicos, e iria mostrar alguma experiência no campo da medicina. Partiu do porto de Plymouth, a 26 de Agosto de 1768, a bordo do Endeavour, um barco pequeno de 370 toneladas, que transportava 84 oficiais e a tripulação. Entraram no Oceano Pacífico contornando o Cabo Horn, e pararam primeiro no Taiti, a que Cook chamou a ilha do rei Jorge III. Os nativos remaram ao seu encontro entregando-lhes ramos de árvores como símbolos de paz. Cook ficou lá 3 meses, a estudar os taitianos e os seus hábitos. Passados os 3 meses depois de partir do Taiti, Cook avistava a Nova Zelândia. Cook demarcou o litoral deste novo país, que reivindicou para Inglaterra, navegando a seguir através do estreito de Cook entre as duas ilhas. Depois, explorou a costa da Austrália, a que chamou Nova Gales do sul. Outros que já tinham visto a parte ocidental e norte acharam-na uma terra árida, porém Cook achou-a fértil e própria para ser colonizada.

 

Na sua segunda viagem, Cook dirigiu-se mais para sul, o que ninguém fizera antes dele, demonstrando que não existia nenhum continente perto do sul da Austrália. Uma vez mais descobrira e cartografara muitas ilhas. Em 1776, 48 anos, partiu novamente. Desembarcou nas ilhas do Havai, descobertas antes, mas esquecidas, chamando-lhes o arquipélago das ilhas Sandwich, ministro da Marinha. Cook navegou em direcção ao Norte à procura de uma passagem para o Oceano Atlântico, a noroeste, contornando o norte do Canadá, mas o gelo obrigou-o a ir para o norte do estreito de Bering. Regressou ás ilhas do Havai e morreu. Cook fora sempre simpático com os nativos, daí não ser justo que tivesse o final que teve. Caminhou para a praia para resolver uma disputa entre os seus marinheiros e os nativos sobre um barco que fora roubado do navio, mas não conseguiu evitar a desordem durante a qual foi morto.

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•CATARINA, A GRANDE (1729 – 1796)

Fevereiro 18, 2013
  • CATARINA,      A GRANDE (1729 – 1796)

Catarina II foi imperatriz da Rússia de 1762 a 1796. Continuou a política do czar Pedro, O Grande, com a centralização do governo, a introdução da cultura da Europa Ocidental e a expansão do território russo.


Catarina não era natural da Rússia, nascera em Stettin, na Alemanha, era princesa e chamava-se Sofia Augusta Frederica. Foi trazida para a Rússia pela imperatriz Isabel, para se casar com o herdeiro do trono. Foi aceite na Igreja Ortodoxa Russa, em 1774, como uma das condições do casamento, adoptando o nome russo Catarina Alexeyevna. Casou com o futuro Pedro II, em 1745. Catarina considerava o marido como incapaz para governar e pouco depois de se tornar czar, em 1792, destronou-o com a ajuda do seu amante, Gregory Orlov, e da guarda real do palácio. Logo a seguir Pedro foi assassinado.

 

Catarina era muito competente sob o ponto de vista político, seguindo a tendência da época, de um governo forte e personalizado, o que significava ditadura, o absolutismo europeu. Embora promovendo diversos homens, habitualmente seus amantes, a cargos de autoridade, foi sempre dona de si mesmo e responsável tanto pelas modernizações levadas a cabo na Rússia durante o seu reinado, como pelas crueldades praticadas. A política de Catarina era uma mistura estranha de duas filosofias diferentes. Admiradora pública do Iluminismo da Europa Ocidental. Movimento este que se desenvolveu no Século XVIII, à volta de novas teorias científicas de homens como Isaac Newton, e de filósofos como René Descartes e do inglês John Locke. Estas baseavam-se na razão e não na religião ou na tradição, e na ideia de que o comportamento humano seguia regras e padrões como Newton demonstrou que a natureza seguia. Essas ideias estiveram por detrás do desenvolvimento do Estado moderno no Século XVIII, com um serviço civil profissional e códigos legais regulares. Foi também a base do absolutismo, que tinha como objectivo fortalecer a autoridade central acima de grupos independentes da Igreja e da Nobreza.

 

Catarina alargou o controlo real a todas as zonas da Rússia que governava e não apenas às duas capitais, São Petersburgo e Moscovo, como anteriormente. Modernizou e liberalizou a economia e saqueou as terras da igreja. Os padres tornaram-se pouco mais que outra forma de funcionários públicos. Introduziu reformas sociais sugeridas por iluministas da Europa Ocidental e o seu reinado assistiu a um grande fluxo de cultura Ocidental na Rússia. A ópera italiana, a filosofia francesa e os costumes ocidentais. Tornou permanente a introdução da língua francesa feita por Pedro, O Grande como a língua oficial da corte. Ao mesmo tempo, contudo, aderiu aos métodos dos seus antecessores. A grande massa do povo russo eram camponeses pobres, ao contrário das suas réplicas em França e na Inglaterra, eram ainda servos, isto é, propriedade dos seus senhores, que podiam fazer o que queriam deles. Catarina nada fez para melhorar a sua condição difícil, na verdade até aumentou em grande parte o seu número ao estender a servidão ás zonas que conquistava e ao aplicá-la aos que trabalhavam no que tinham sido as terras da igreja.

 

Apesar das suas tentativas para concentrar toda a autoridade nas mãos da Coroa e na organização do Estado, controlado pela Coroa. Catarina aumentou de facto a independência da nobreza. Todos os cargos principais do funcionalismo público estavam reservados aos nobres, e esta medida foi um grande entrave a qualquer tentativa de diminuir o seu poder. Foram as classes inferiores que sofreram. Os senhores podiam condenar os servos a trabalhos pesados, sendo proibidas queixas dos servos contra os seus senhores sob a pena de serem chicoteados com o cnute, um terrível chicote, e a prisão perpétua. O resultado foi o descontentamento entre as classes esperançadas pelo aparente liberalismo de Catarina, e os povos conquistados como os Polacos e os Cossacos, que trouxera para o sistema russo. A pior revolta foi a rebelião de Pugachev, entre 1773 e 1774, que foi esmagada com extrema crueldade e com o derramamento de muito sangue. O líder, um cossaco chamado Pugachev, foi trazido para Moscovo numa jaula e o seu corpo quebrado na roda com chicotadas. A seguir foi decapitado, tiraram-lhe os membros e foi queimado. Nos negócios estrangeiros, Catarina conquistou terras à Turquia, na costa do Mar Negro, incluindo a Crimeia, e participou em três divisões sucessivas da Polónia, depois das quais o país deixou de existir. A Rússia estendia-se numa área de mais de quinhentos mil quilómetros quadrados e sete milhões de habitantes, e foi o facto de estar equilibrada em relação á Ásia pela extensão do poder, no Século XIX, que fez da Rússia o grande país que é hoje. Os seus generais, Suvorov e Potemkin, um dos seus amantes. Mereceram serem conhecidos em toda a Europa nas campanhas contra a Turquia e a Revolução Francesa, a que Catarina se opôs da mesma forma que se opôs ao liberalismo no seu país. O pensador russo liberal mais importante da época foi exilado para a Sibéria.

 

Pessoalmente, Catarina era uma pessoa encantadora e sensual sendo ao mesmo tempo cruel, severa e pouco escrupulosa, possuindo uma grande quantidade de astúcia política, aliada a uma grande inteligência. Era uma mulher incontrolável, pelo menos contam-se vinte e um amantes conhecidos, mas havia muitos outros. As suas vitórias militares e o luxo da sua corte obteve o cognome de, A Grande, durante a sua vida. Quando tomou posse das províncias do Mar Negro, a sua armada estava decorada como a de Cleópatra, a famosa rainha egípcia, e era esperada por muitos monarcas europeus. A Rússia já era uma potência europeia.

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•SIR ISAAC NEWTON (1642 – 1727)

Fevereiro 18, 2013
  • SIR      ISAAC NEWTON (1642 – 1727)

Sir Isaac Newton foi um brilhante cientista inglês e o pai da ciência moderna. Foi o primeiro a provar que a natureza obedece a leis constantes. A sua teoria da gravitação universal explicou o movimento dos planetas e das estrelas.


Newton era filho de um agricultor que morreu antes do filho ter nascido. Este era uma criança débil, e não se esperava que sobrevivesse. Newton viveu até aos 84 anos. A mãe de Isaac deixou-o ao cuidado da sua avó durante nove anos, contribuindo para lhe criar um sentimento de insegurança que se revelou mais tarde na sua vida através de ataques de fúria contra quem sugerisse que as suas descobertas estavam erradas ou não eram completamente da sua autoria.

 

Newton revelou ser pouco dotado para o seu primeiro emprego, como responsável por uma exploração agrícola, preferindo passar o tempo a pensar, debaixo de uma árvore. Ficava intrigado com as forças da natureza e perguntava-se a si próprio se a força que faz uma maçã cair da árvore para o chão era a mesma que fazia a Lua girar em torno da Terra.

 

Newton foi para a Universidade de Cambridge, e na altura em que licenciou, em 1665, fizera descobertas matemáticas de grande relevo. Como professor de matemática em Cambridge iniciou investigações sobre a luz e descobriu que a cor não vem dos objectos, mas sim da própria luz. O trabalho mais importante foi tornado público em 1687, embora tivesse sido formulado alguns anos antes. O seu livro Princípios Matemáticos de Filosofia Natural, era tão avançado que se dizia que não havia uma dúzia de homens na Europa capazes de entender. As suas 3 Leis estabeleciam o princípio crucial da gravitação, que cada partícula no universo atrai todas as outras em proporção à sua massa. Este princípio deu resposta à sua questão levantada debaixo da macieira. O que sobe tem de cair, afirmou Newton. Era o princípio universal, que se aplicava tanto aos planetas como á maçã. A ideia de que a natureza se podia reduzir a leis como essa foi o princípio do método científico moderno.

 

A vida pessoal de newton foi acentuada por controvérsias com colegas cientistas, derivadas da incapacidade de Newton aceitar as críticas sem ter os seus habituais ataques de fúria. Teve dois esgotamentos nervosos, um provocado pela morte da mãe e outro por uma discussão com um amigo íntimo, Fatio du Duillier, um erudito suíço.

 

Newton patrocinou muitos grupos de cientistas jovens com dinheiro que recebeu como director da Casa da Moeda. Foi o primeiro cientista a ser nomeado cavaleiro, em 1705, e foi presidente prepotente da Royal Society, embora no final da sua vida, dormitasse com frequência durante as reuniões. Foi sepultado na Abadia de Westminster como convinha a uma pessoa da sua grandeza.

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•LUÍS XIV (1638 – 1715)

Fevereiro 18, 2013
  • LUÍS      XIV (1638 – 1715)

Luís XIV foi rei de França durante 72 anos, o maior reinado da História da Europa. Combateu uma série de guerras importantes. Criou uma magnífica corte em Versalhes, e a cultura francesa dominou a Europa.


Luís tornou-se rei aos 5 anos de idade. Na sua infância, enquanto o cardeal de Mazarin governava em seu lugar como regente, a França sofreu numerosas revoltas, as chamadas Frondes. Em três ocasiões, Luís teve de fugir de França, e uma vez teve de fingir que estava a dormir, enquanto os rebeldes passavam pelo seu quarto. Estas experiências determinaram o jovem Luís a ser um governante activo. Luís atingiu a maioridade, em 1651, mas começou apenas a participar no governo após a morte do cardeal de Mazarin, em 1661. Levou mui8to a sério a sua tarefa de reinar, trabalhando em assuntos governamentais durante muitas horas diárias. Além de ser um governante trabalhador, era o centro da corte brilhante e um sedutor notável. Teve uma série de amantes e cerca de onze filhos ilegítimos. Casou em segredo com uma das suas amante, a Madame de Maintenon, entre 1683 ou 1684.

 

Luís baseou-se no trabalho de Mazarin e no grande conselheiro do reinado anterior, o cardeal Richelieu, que conferiu á monarquia francesa o controlo absoluto do governo do país. Ele mesmo governou a França com a ajuda de ministros de sua confiança, principalmente Jean-Baptiste Colbert, e administradores profissionais. Nem o Parlamento nem os nobres tomavam parte das decisões governamentais. Luís declarava com precisão “O Estado sou Eu”.

 

Luís aumentou o esplendor e a majestade da monarquia francesa, que se tornou motivo de inveja e exemplo para todos os monarcas que germinavam pela Europa. Sob o seu apoio, a arte, a literatura e a arquitectura iniciaram uma era de ouro. Grandes dramaturgos como Moliére e Racine, levaram á cena peças na corte. Luís mandou construir um enorme palácio de Versalhes, nos arredores de Paris, uma das maravilhas do mundo civilizado na época. No centro de tudo sobressaía a figura magnífica de Luís XIV, que ficou conhecida como O Rei do Sol. No entanto, o absolutismo estendia-se até á cultura e apenas prosperava os estilos aprovados pelo rei. O mesmo princípio aplicava-se á política e á religião. As ideias liberais ou progressistas como as de René Descartes, filósofo e matemático, eram excluídas. Á medida que envelhecia, começou a sofrer influência de Madame de Maintenon, Luís foi-se tornando mais intolerante para com os dissidentes religiosos, tendo perseguido os protestantes franceses, os Huguenotes. Muitos tiveram que partir de França para a Holanda, Inglaterra e América. Nos negócios estrangeiros, Luís seguiu uma política ambiciosa e agressiva. Envolveu-se em inúmeras guerras, muitas iniciadas por ele, por dois motivos. Para defender a França e para ajudar os territórios que dominava. Alargou as fronteiras de França até ao rio Reno avançando pela Bélgica actual. Conseguiu colocar o seu neto Filipe no trono de Espanha. No Novo Mundo, a França colonizou o Canadá, a Lusiana e certas regiões da Índia.

 

Os principais inimigos de Luís foram o imperador sacro romano Leopoldo da Áustria, a Espanha, que na época governava a Bélgica e as províncias Unidas protestantes da Holanda. Conseguiu fazer uma aliança com Carlos II de Inglaterra e este país moveu guerras contra os holandeses, ao lado dos franceses. Formou também uma aliança contra Leopoldo da Áustria, com os turcos muçulmanos, que ameaçavam Viena, a capital austríaca. Este facto provocou a hostilidade em toda a Europa cristã, e juntamente com o poder e ambição desmedida fez com que outras nações se unissem contra ele. As guerras dos seus últimos anos contra esta coligação, embora conseguisse colocar Filipe no trono de Espanha, foram excessivamente dispendiosas e culminaram em derrotas a favor do príncipe austríaco Eugénio e do duque de Marlborough, em Blenheim (1704), Ramillies (1706) e Malplaquet (1709).

 

Ao lado de toda a magnificência existiam problemas. Luís preocupava-se bastante com o seu prestígio e o de França, mas muito pouco com as condições de vida do povo francês. A série de guerras foi demasiado dispendiosa e a monarquia que Luís transmitiu ao seu sucessor era magnífica mas falida. A carga pesada de impostos recaía sobre a classe média e sobre os camponeses, os que menos podiam pagar. Os nobres com riquezas estavam isentos de impostos, porém, participavam pouco no governo e estavam reduzidos a nada mais que cortesão peraltas. Esta situação iria rebentar com a Revolução Francesa, cerca de 75 anos após a morte de Luís XIV. Luís sobreviveu tanto a seu filho como a seu neto, e o seu sucessor foi o bisneto, Luís XV, que tinha apenas 5 anos de idade.

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VERSALHES

•CARLOS II (1630 – 1685)

Fevereiro 18, 2013
  • CARLOS      II (1630 – 1685)

Carlos II foi rei de Inglaterra de 1660 a 1685. O seu reinado assistiu a uma reacção contra a rigidez puritana nas artes, na moda e no comportamento do rei. Em 1665, houve mortes devido á peste e em 1666, Londres foi devastada pelo Grande Incêndio.


Carlos era o filho mais velho de Carlos I. e desde os 12 anos que se viu envolvido nos tumultos da Guerra Civil. Criou um juízo cínico e realista a respeito dos homens devido ás condições difíceis em que viveu na sua juventude. Em 1645, foi para o exílio, em Jersey, França e na Holanda. Após a execução do pai, em 1649, desembarcou na Escócia para chefiar uma revolta contra o Parlamento. Os escoceses foram derrotados por Cromwell, em Dunbar, a 3 de Setembro de 1650. Carlos persistiu e o seu exército escocês invadiu a Inglaterra, em 1651, para ser derrotado definitivamente por Cromwell, em Worcester, exactamente um ano após Dunbar. Depois da batalha, Carlos escondeu-se num carvalho em Boscobel, e depois de ter permanecido aí 6 semanas e também noutros esconderijos, fugiu novamente para o estrangeiro.

 

Carlos passou os 9 anos seguintes como um pobre refugiado em França e na Holanda. Depois da morte de Cromwell, o ministro de Carlos, o duque de Clarendon, negociou o seu regresso com Monck, o general parlamentar mais poderoso. Carlos fez uma declaração de que iria permitir maior liberdade religiosa do que o seu pai, e concedeu uma amnistia aos combatentes da guerra civil, em 25 de Maio de 1660, Carlos desembarcou em Dover, perante um elevado aplauso popular.

 

O maior objectivo de Carlos como monarca era assegurar que nunca mais precisaria de fugir para o exílio. Evitava as controvérsias políticas. Na verdade, esses assuntos não o interessavam muito, por ser um homem preguiçoso e amante do prazer. Todo o país ficou satisfeito com o abrandamento da rigidez puritana. O teatro surgiu outra vez e desenvolveu-se sob o patrocínio do rei. O período da Restauração é caracterizado por uma nova liberdade. Pelas graças, pela alegria e por uma complacência moral que o rei dava o exemplo. Carlos era alto e atlético, e teve muitas amantes, com um total de catorze filhos ilegítimos, mas nenhum deles seu legitimo descendente ao trono. Carlos perdoou a todos os que lutaram na guerra civil, excepto os que condenaram o seu pai à morte, onze dos quais foram executados. Carlos fez uma aliança com Luís XIV, rei de França, para tentar destruir os holandeses, que eram então os rivais comerciais de Inglaterra. Esperava com esta medida tornar a Coroa independente do Parlamento na questão financeira. Achava que os membros do Parlamento possuíam um espírito muito independente em resultado do poder conquistado durante a guerra civil, e este facto tornava impossível o governo absoluto do rei.

 

A maior crise do reinado foi em relação ao catolicismo, entre 1679 e 1681, quando um falso boato de uma revolta dos católicos para matar Carlos foi posto a circular por Titus Oats, um padre renegado. Seguiu-se a Crise da Exclusão, uma tentativa de excluir o irmão de Carlos, Jaime que era católico, da linha de sucessão. Um subsídio de Luís XIV, permitiu Carlos governar sem o Parlamento nos últimos anos do seu reinado. Uma condição secreta era que se convertesse ao catolicismo, consciente desde acto impopular, fê-lo apenas no seu leito de morte. A Inglaterra não foi bem sucedida na luta contra os holandeses, que alcançaram uma estrondosa vitória, atacando até de surpresa o Tamisa. No entanto, no tratado de paz, a Inglaterra obteve o controlo da Nova Amesterdão, hoje New York, que fora conquistada por Cromwell.

 

Carlos nomeou Samuel Pepys (1633-1703), para ajudar a reorganizar a Marinha, a fim de poder fazer frente ao desafio dos holandeses. Pepys lutou contra a corrupção nos quadros da Marinha. O motivo mais importante por que Pepys ficou conhecido, foi o seu diário escrito entre 1660 e 1669. É um registo valioso de mexericos, escândalos da corte, da peste do incêndio de Londres e do avanço dos holandeses no Tamisa. Foi mantido em código secreto, que não foi decifrado até ao Século XIX.

Carlos incentivou todas as formas de ciência, fundando o Royal Society em 1662. Sir Christopher Wren (1632-1723), foi um dos membros mais importantes, matemático competente e astrónomo, dedicou-se á arquitectura, em 1663. Em 1666, já trabalhava num projecto de reconstrução da Catedral de São Paulo, quando esta foi destruída pelo Grande Incêndio de Londres, assim como dois terços da cidade. O seu projecto para toda a cidade foi rejeitado por ser demasiado dispendioso, mas construiu 53 igrejas em Londres, incluindo a sua obra de arte, a nova Catedral de São Paulo, completada em 1711. Foi bastante influenciado por edifícios que viria em Roma, como a Catedral de São Pedro. Outros edifícios famosos de sua autoria foram o Hospital Real de Chelsea, o Hospital de Greenwich e parte de Hampton Court.

 

PS: O filme, O Libertino com Johnny Depp e John Malkovich, demonstra bem, o reinado de Carlos II.

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•OLIVER CROMWELL (1599 – 1658)

Fevereiro 18, 2013
  • OLIVER      CROMWELL (1599 – 1658)

Oliver Cromwell foi segundo comandante do exército Parlamentar, durante a guerra civil. Como comandante do exército, foi praticamente o governante da Inglaterra de 1649 até à sua morte. Conquistou a Escócia e a Irlanda. Em 1653, foi nomeado regente. Criou a Marinha, sob o controlo do almirante Blake e desenvolveu os territórios ingleses nas Índias Ocidentais.


Cromwell era descendente do conselheiro de Henrique VIII, Thomas Cromwell. Fez-se membro do parlamento, onde se aliou aos que se opuseram ao governo arbitrário do rei. Era um puritano devoto, mas para a época era invulgarmente tolerante em relação a outras seitas cristãs, excepto os católicos.

 

Quando o rei desafiou o Parlamento Longo, Cromwell regressou a Inglaterra e reuniu um regimento de cavalaria, estes ficaram conhecidos pelos Ironsides. Cromwell era segundo comandante da Associação oriental dos exércitos do Parlamento e a sua cavalaria desempenhou um papel importante na derrota dos Cavaleiros de Carlos I, em Marston Moor, no ano de 1644.

 

Em 1645, criou-se o New Model Army, um exército nacional que substituiu os agrupamentos regionais, e Cromwell foi nomeado segundo comandante. Os soldados estavam bem treinados, disciplinados e armados, os Cabeças Redondas, como eram conhecidos estavam mais que equiparados ás forças reais. Em 1648, o Exército pressionou o Parlamento para que o rei fosse julgado pela Purga de Pride, em que o coronel Pride excluía os membros do Parlamento menos compreensivos. Cromwell estava no norte, tendo acabado por derrotar os escoceses, em Preston. Demorou a concordar com o julgamento do rei até se convencer de que era a vontade de Deus. Essas indecisões eram típicas, embora quando se decidisse actuavam com rapidez e força.

 

O rei foi considerado culpado de traição e foi executado em 1649. Proclamou-se uma Commonwealth republicana governada por um Conselho de Estado. Havia muitos elementos do Parlamento e do exército, alguns dos quais pretendiam mudanças sociais revolucionárias, os Levellers. Cromwell conseguiu manter o equilíbrio, impedindo a revolução. Insistiu na tolerância religiosa, enquanto o Parlamento remanescente, pretendia a perseguição aos dissidentes.

 

Cromwell dissolveu o Parlamento sem representação e foi nomeado regente e virtual ditador. O próprio Cromwell procurou sem êxito uma nova forma e mais representativa de governo. Recusou a oferta da Coroa britânica feita pelo seu exército. Discordou das medidas radicais que o Parlamento levara a cabo, tais como a abolição do Natal. Embora puritano, Cromwell, foi criticado por permitir que se dançasse aos pares no casamento da sua filha.

 

Cromwell derrotou e de seguida fez as pazes com os holandeses, conservando a Nova Amesterdão, actualmente New York, que fora tomada. A maior parte do trabalho de Cromwell foi eliminado na restauração da monarquia, em 1660, mas continua a ser um dos ingleses mais importantes, um lutador contra a tirania e um pioneiro da tolerância para com as seitas religiosas minoritárias.

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OLIVER CROMWELL 02

•CARLOS I (1600 – 1649)

Fevereiro 18, 2013
  • CARLOS      I (1600 – 1649)

Carlos I foi rei de Inglaterra e da Escócia de 1625 e a 1649. Foi um monarca pouco popular tentando aumentar os impostos sem autorização e governar sem o Parlamento. Estas medidas provocaram uma guerra civil em Inglaterra entre 1642 e 1648. Foi derrotado em Marston Moor, em 1944, e em Naseby em 1645. Em 1649 foi julgado, condenado à morte pelo Parlamento inglês.


Carlos era o segundo filho da dinastia Stuart, nunca tendo perdido a sua pronúncia escocesa, nem o hábito de gaguejar. Era um homem tímido e delicado, mas desonesto. Estas características, juntamente com a concepção alargada do poder e dos direitos de um rei, fizeram com que o Parlamento confiasse cada vez menos nele. A política de Carlos foi pouco popular desde o princípio. Moveu guerras contra a Espanha e a França, dispendiosas e inúteis, e que provocaram a ira e o descontentamento. O Parlamento respondeu, em 1628, com a Petição de Direitos, uma garantia de liberdade resultante da prisão arbitrária e o alojamento forçado de soldados em casa dos cidadãos. Carlos aceitou porque necessitava de dinheiro do Parlamento, mas decidiu governar sem a intervenção desse mesmo órgão, o que fez durante 11 anos, conseguindo dinheiro de direitos aduaneiros e empréstimos forçados. Apoiou o arcebispo de Cantuária, Laud, na tarefa de converter a igreja ao catolicismo.

As reformas de Laud provocaram revoltas na Escócia, em 1639. As derrotas e os encargos com o exército obrigaram Carlos a reunir o Parlamento. Presidido por John Pym, o Parlamento Breve, entre Abril e Maio de 1640 e o Parlamento Longo, entre 1640 e 1653. Aboliram muitos instrumentos de tirania real. O rei consentiu que Laud e o conde de Strafford, seu ministro, fossem condenados pelo Parlamento, mas recusou-se a entregar o controlo sobre a igreja e o exército, que considerava ser um direito essencial da Coroa. A Câmara dos Comuns temia que ele pudesse alterar por completo as concessões que fizera se não se encontrasse uma forma de controlo permanente. Carlos tentou prender 5 membros do Parlamento, porém estes fugiram. O país agitou-se com a guerra entre o Parlamento e o rei, que manteve a corte em Oxford.

A princípio, os dois lados estavam equilibrados e a primeira batalha, em Edgehill, não foi decisiva. Os partidários de Carlos eram conhecidos por Cavaleiros, devido aos seus uniformes coloridos. O comandante mais arrojado de Carlos era o seu sobrinho, o príncipe Roberto. Os ventos da guerra mudaram quando o exército parlamentar se reorganizou com Oliver Cromwell, em 1645. Oxford foi tomada em 1646, o rei fugiu disfarçado entregando-se aos escoceses que eram aliados do Parlamento. Esperava poder fazer um acordo com eles, mas estes entregaram-no. O Parlamento tentou que ele governasse como um monarca constitucional.

Carlos fez muitas promessas, mas organizou uma conspiração para recuperar o poder. Tentou fazê-lo com a ajuda dos escoceses, mas estes derrotados por Cromwell, em Preston, no ano de 1648. Desta vez, os comandantes do exército resolveram ver-se livres do rei. Este foi julgado por um tribunal da Câmara dos Comuns. Carlos recusou-se a reconhecer a legalidade do tribunal, e preferia ser julgado pelos seus súbditos, comportando-se com uma dignidade serena. Mereceu a compreensão popular, mas este facto não impediu a sua execução, sendo decapitado em frente do Palácio de Whitehall, a 30 de Janeiro de 1649.

CARLOS I 01

CARLOS I 02

FRANÇA 1643

•SIR FRANCIS DRAKE (1543 – 1596)

Fevereiro 18, 2013
  • SIR FRANCIS DRAKE (1543 – 1596)

Sir Francis Drake foi o primeiro inglês a navegar à volta do mundo. Conhecido por saquear grandes quantidades de tesouros no Novo Mundo em ataques surpresa contra os navios espanhóis, e foi vice-almirante na batalha contra a Invencível Armada espanhola.


Na época de Drake a Espanha e Portugal, estes países católicos consideravam a América a sua própria reserva, após o Tratado de Tordesilhas. Drake e outros piratas, como Sir Richard Grenville e John Hawkins estavam determinados a por termo à situação de domínio territorial. Drake era um líder influente, um protestante e um patriota fanático bem como um estratega original. No decorrer do ano de 1570, Drake adquiriu a reputação de corsário mais temido nos domínios espanhóis. O seu feito mais importante ocorreu, em 1572, quando armou uma emboscada ao comboio formado por mulas que transportava prata para o porto de Nombre de Dios no Panamá. Nesta expedição viu o Oceano Pacifico pela primeira vez e jurou que um dia havia de navegar num navio inglês nestas águas.

 

O seu desejo transformou-se em realidade no ano de 1578. Drake fez-se ao mar em 1577, com 4 embarcações. A nau almirante era a Pelican, mudando em breve para Golden Hind, conforme o brasão de Sir Cristopher Hatton, um dos seus responsáveis. Apenas a nau de Drake conseguiu contornar a Terra do Fogo, na América do Sul. As outras naufragaram ou voltaram para trás. Atacou de surpresa as naus espanholas e os portos do Pacifico, reivindicando a Califórnia para a rainha Isabel I, e chamou-lhe Nova Álbion. Temendo que os espanhóis lhe armassem uma emboscada, decidiu atravessar o Pacifico. Navegou em direcção à pátria através das ilhas Molucas e de Java, trazendo especiarias valiosas, e regressou a Inglaterra, passando o Cabo da Boa Esperança. A rainha Isabel I armou Drake cavaleiro no convés do Golden Hind à sua chegada, em Setembro de 1580. A viagem deu um lucro fabuloso á rainha, a que lhe coube a quantia de 170.000 Libras.

 

A guerra com Espanha rebentou em 1585. O contributo de Drake foi um ataque de surpresa ao porto de Cádis. Utilizando brulotes, destruiu grande parte da frota invasora, a Invencível Armada. Esta derrota atrasou a sua actividade no mar durante um ano crucial. Quando a Invencível Armada surgiu Drake era segundo – comandante inglês. O espírito temeroso e aguerrido de Drake, desempenhou um papel importante na batalha, em que pequenas naus inglesas atormentaram com sucessivos ataques os galeões espanhóis, até á derrota. Uma derrota que se transformou em retirada quando o vento dispersou os espanhóis e os obrigou a tentar regressar á pátria pelo Norte da Escócia, muitos acabaram naufragando durante essa tentativa.

 

Drake morreu de disenteria, ao atacar de surpresa a Índia Ocidental. Deixou atrás de si uma reputação que iria influenciar a próxima geração de navegadores ingleses.

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FRANCIS DRAKE 02

•ISABEL I (1533 – 1603)

Fevereiro 18, 2013
  • ISABEL      I (1533 – 1603)

Rainha de Inglaterra entre 1558 e 1603, Isabel incentivou um período de explorações e aventuras, bem como uma renovação no renascimento das artes na cultura inglesa. No seu reinado assistiu-se a uma guerra contra a poderosa Espanha entre 1585 e 1603.


A rainha Isabel era filha de Henrique VIII e Ana Bolena. Tinha cerca de 2 anos quando a sua mãe foi decapitada. Foi considerada ilegítima até ao testamento do pai a colocar em terceiro lugar na linha de sucessão ao trono real, a seguir ao seu meio-irmão Eduardo e à sua meia-irmã Maria. Sobreviveu aos curtos reinados de ambos, embora no reinado de Maria, a Católica, fosse olhada com desconfiança como sendo a herdeira protestante. Em consequência disso, passou 2 meses encarcerada na Torre de Londres.

 

Após a morte desta, Isabel panas com 25 anos sucedeu ao trono de Inglaterra. Herdou características tanto do pai como do avô Henrique VII. Como Henrique VIII, era alta e ruiva, dotada de um espírito determinante e severo, embora com tendências de mudança de humor imprevisíveis. Do avô herdou uma grande astúcia política e muita paciência, bem como um pouco de maldade. Possuía as qualidades perfeitas para ser uma rainha. Tinha uma grande capacidade para exigir lealdade e até amor dos súbditos. Mostrou uma perfeita capacidade como dirigente parlamentar, um novo requisito exigido a um monarca inglês mas em que os seus sucessores, Jaime I e Carlos I, foram desastrosos. Este aspecto tornou-se importante devido ao papel que fora atribuído ao Parlamento no reinado de Henrique VIII e devido à escassez de dinheiro habitual na Coroa. Apenas o Parlamento podia aprovar impostos que superassem essa escassez.

 

Houve 2 motivos de discórdia entre o Parlamento e a rainha, o seu casamento e a igreja. Isabel nunca se casou, preferindo conservar a sua independência. A Câmara dos Comuns, que era protestante, estava interessada que ela tivesse um herdeiro, porque senão o tivesse, seria Maria, a rainha da Escócia, que era católica, até á sua morte em 1587. Isabel preferiu continuar a ser a Rainha Virgem, embora tivesse numerosos pretendentes, principalmente os condes de Leicester e de Essex. Usou este assunto como meio de diplomacia para salvar a Inglaterra de uma coligação de poderes católicos, deixando em aberto o projecto de casamento com Filipe de Espanha, viúvo de sua irmã, e depois com o príncipe francês Francisco, duque de Alençon. Possivelmente não pretendia casar com nenhum. Considerava o seu casamento como um assunto de fora do âmbito Parlamentar, e evitava com astúcia discutir o assunto enquanto ao mesmo tempo conservava o seu interesse.

 

Isabel mantinha-se indiferente às questões religiosas da época, ao contrário do Parlamento e de muitos conselheiros próximos, que eram calvinistas e queriam libertar a igreja de bispos e cerimónias religiosas. Isabel desejava acima de tudo uma igreja que fosse aceite pela maioria dos súbditos. Conseguiu esse objectivo, apesar da oposição dos calvinistas puritanos e dos católicos extremistas. Rejeitava qualquer desejo de penetrar na alma dos homens e interessava-se apenas pela lealdade exterior. Apenas consentiu em perseguir os católicos depois de o papa a ter destronado, e ser católica significava apoiar a sua destituição.

 

No reinado de Isabel, gerou-se um novo sentido de identidade nacional. Esse patriotismo sentido influenciou as actividades de pirataria de Francis Drake e de outros que atacavam os domínios espanhóis na América, bem como actividades mais legítimas. Estava intimamente identificado com a pessoa da rainha, desenvolvendo-se o seu próprio culto. Este sentimento atingiu a própria Isabel, principalmente quando a Invencível Armada espanhola se aproximava de Inglaterra em 1558. Montou um cavalo branco para se encontrar com as suas tropas, em Tilbury, perto de Londres, declarando que embora tivesse o corpo de uma mulher débil e fraca, possuía o coração de um rei, e acima de tudo de um rei de Inglaterra.

 

Este espírito encontrou expressão nas viagens com objectivos comerciais e de descobertas para a América, a Rússia e outros lugares, e no início da colonização da Virgínia, nome este inspirado pela própria rainha. O desenvolvimento e prosperidade e da paz em Inglaterra incentivou o desenvolvimento das artes e do teatro. O maior expoente de ambos foi William Shakespeare, em cujas obras a língua inglesa alcançou um novo nível na poesia.

 

No entanto, o reinado de Isabel assistiu a muita miséria e fez-se um esforço para resolver este problema, tendo-se tomado algumas medidas que iriam permanecer inalteráveis até 1834. Mesmo a Coroa estava quase sempre sem dinheiro. Este facto levou a rainha a incentivar os ataques de Drake e Hawkins, agora corsários, aos domínios das águas territoriais espanholas, partilhando assim os lucros.

ISABEL I 01

ISABEL I 02

•HENRIQUE VIII (1491 – 1547)

Fevereiro 18, 2013
  • HENRIQUE      VIII (1491 – 1547)

Henrique VII governou a Inglaterra de 1509 a 1547. O seu reinado assistiu á dissolução dos conventos e à separação da igreja inglesa do catolicismo de Roma. Aumentou o prestígio da Cora Inglesa e o poder do Parlamento, o qual usou para aumentar a sua força e influência.


Segundo filho de Henrique VII, supunha-se que viesse a ser padre. O que era vulgar para os filhos mais novos dos nobres da época, porém o irmão mais velho morreu, o que alterou o rumo á história, e em 1509 aos 18 anos, sucedeu a seu pai no trono da coroa inglesa. Casou-se logo de seguida com a sua cunhada, a viúva do irmão, a princesa de Espanha Catarina de Aragão. Durante a juventude, Henrique era o rei ideal para o povo inglês, este facto foi bastante importante para o aumento da sua popularidade na monarquia. Alto e elegante, gostava de desporto, dançar, caçar, e lutar, sendo também um grande estudioso. Recebeu do papa o título de “Defensor da Fé”, que os monarcas ingleses ainda hoje o detêm, por este ter escrito um livro em que defendia a igreja.

 

Henrique era também um homem fútil, encontrando rival em Francisco I, o jovem rei de França. Isto levou a lutas esporádicas entre a Inglaterra e a França, bem como contendas individuais extravagantes. O exemplo e o mais famoso, foi quando se encontraram em 1520, em que seus pavilhões estavam sumptuosamente cobertos de ouro. Na sua juventude Henrique entregou, em grande parte alguns assuntos sérios e diplomáticos do governo da Inglaterra ao cardeal Wolsey, o chefe da igreja católica romana em Inglaterra e a Thomas More, um célebre advogado de grandes dotes. Wolsey filho de um carniceiro, enriqueceu ao serviço da coroa inglesa, construindo o palácio de Hampton Court. Henrique era duro ao afastar os seus conselheiros reais, quando estes não o satisfaziam, e Wolsey perdeu os favores do rei ao ser incapaz de obter autorização do papa para que Henrique se pudesse divorciar da mulher. Este torna-se um desejo ardente e compulsivo do rei, porque queria um filho que sucedesse-lhe ao trono. Tendo já uma idade avançada para ter filhos, pois Catarina dera-lhe uma filha, Maria.

 

Incapaz de conseguir a concordância do papa, Henrique avançou por sua própria conta. Declarou através de uma lei e aprovada pelo Parlamento, que ele e não o papa, era o chefe da igreja em Inglaterra. Em Janeiro de 1533, casou-se com a Ana Bolena, embora o seu casamento com Catarina tivesse sido anulado apenas em Maio, por Thomas Cranmer, que Henrique o nomeou arcebispo de Cantuária. Ana também não conseguia dar-lhe um filho, sendo Isabel a única filha, e em 1536, esta foi afastada para que Henrique pudesse casar-se com Jane Seymour, de quem finalmente teve um filho, Eduardo, que acabou por morrer durante o parto.

 

O novo conselheiro do rei foi Thomas Cromwell, que levou acabo grandes reformas religiosas e governamentais. Thomas More recusou-se a aceitar que o rei pudesse ser o representante máximo da igreja, acabando por ser executado. Os grandes conventos católicos romanos, alguns dos quais muito ricos, foram dissolvidos por uma lei do Parlamento, trazendo á coroa inglesa uma elevada quantidade de dinheiro. Este facto provocou a inquietação por toda a Inglaterra, e em Yorkshire, rebentou uma revolta rapidamente repelida com violência.

 

Henrique tornou-se gordo à medida que envelhecia. Tiveram que ser construídos mecanismos especiais para o fazer desmontar do cavalo e para subir escadas. Descrito muitas vezes como sendo um tirano, Henrique era um monarca poderoso, que insistia que a sua vontade fosse satisfeita, mesmo que mudasse de ideias repentinamente. Para que os ingleses fossem mais eficazes na guerra, expandiu a marinha inglesa, construindo embarcações como o Mary Rose, que deve o nome a sua filha e o Great Harry, iniciando assim a grande época da navegação inglesa. Deixando trás de si, um reino unido, embora tivesse sofrido muitas transformações, principalmente religiosas, e uma monarquia popular, que iria alcançar o seu apogeu sob o governo da sua filha Isabel.

HENRIQUE VIII 01

HENRIQUE VIII 02