•SIMÃO BOLIVAR (1783 – 1830)

Fevereiro 18, 2013
  • SIMÃO      BOLIVAR (1783 – 1830)

Bolívar, também conhecido pelo Libertador, era um soldado revolucionário venezuelano, que conduziu as colónias espanholas da metade norte da América do Sul na sua luta pela independência. Libertou Nova Granada a actual Colômbia e a Venezuela em 1821, o Equador em 1822, o Peru em 1824 e o Alto Peru, actualmente a Bolívia em 1825. Uma figura histórica e venerada em toda a América Latina.


Bolívar era filho de um aristocrata venezuelano e era uma criança bastante disciplinada. Os pais morreram quando tinha apenas 9 anos, e aos 16 anos partiu para a Europa para completar a sua educação. Após 3 anos em Espanha, regressou em 1801, casado com uma espanhola que morreu logo de seguida com febre-amarela. A resposta de Bolívar a esta tragédia foi lançar-se na política, embora ainda fosse muito jovem. Regressou à Europa, onde amadureceu a ideia que havia de libertar o seu país do Governo Espanhol e jurou conseguir, no Monte Aventino em Roma. Bolívar assistiu à coroação de Napoleão em 1804, ficando profundamente impressionado com a demonstração da capacidade que um homem era capaz de conseguir. Não ficando tão impressionado com a pompa imperial, acreditando que Napoleão traíra a Revolução Francesa. No auge do seu sucesso, nos anos que seguiriam, nunca exigiu honrar imperiais, ficando satisfeito com o simples título de Libertador.

 

As primeiras tentativas de Bolívar para libertar a Venezuela e a Colômbia em 1815 terminaram na derrota, pelas forças monárquicas espanholas, depois do sucesso inicial. Bolívar procurou refúgio na Jamaica, regressando á luta em 1818, com uma força voluntária inglesa. Nesta altura, reuniu um exército e fez uma travessia audaciosa pelos Andes, apanhando os monárquicos espanhóis de surpresa ao chegar de uma direcção inesperada. Libertou a Venezuela e a Colômbia, e no ano seguinte estendeu o seu domínio sobre o Equador. As forças reais foram forçadas a regressar ao Peru, onde Bolívar as seguiu em 1824. Juntou-se aí ao libertador do sul, San Martin, um homem modesto e despretensioso que abandonou o seu exército nas mãos de Bolívar. Em 1825, os feitos de Bolívar foram completados com a conquista do Alto Peru, que se chamou Bolívia em sua honra. Bolívar era um homem cuja grande visão e força de carácter eram mais importantes que os defeitos de temperamento que muitas vezes davam origem a que fosse cruel e violento, e que outras vezes o deprimiam devido ao fracasso.

 

Bolívar sonhou que a América do Sul se iria unir numa confederação que a transformaria numa potência mundial. O próprio bolívar tornou-se uma figura conhecida internacionalmente, mas foi
incapaz de se opor aos sentimentos nacionais divisórios dos novos republicanos. As tentativas de Bolívar para impor as suas ideias pela ditadura falharam, e Bolívar morreu desapontado, quando se preparava para partir para a Europa. Os feitos de Bolívar foram no entanto, monumentais, e actualmente é venerado como o principal obreiro da independência sul-americana.

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•ARTHUR WELLESLEY (1769 – 1852)

Fevereiro 18, 2013
  • ARTHUR      WELLESLEY (1769 – 1852)

O Duque de Wellington foi um dos soldados ingleses que mais se distinguiu. Derrotou Napoleão em Waterloo, em 1815. Foi primeiro-ministro inglês entre 1828 e 1830.


Arthur Wellesley nasceu na Irlanda, sendo o quarto filho do conde de Mornington. Depois de ter frequentado o colégio de Eton, passou um ano na escola militar francesa, em Angers, o qual teve contacto com alunos franceses que mais tarde iria enfrentar em batalha. Alistou-se em 1786 no Exército, e depressa subiu, passados 7 anos já era tenente-coronel. Em 1796 Wellesley foi colocado na Índia, e foi lá que adquiriu pela primeira vez a fama, tanto como soldado, como estadista. Lutou contra os nativos hostis no território montanhoso da Índia Central, durante 9 anos, cujas as forças eram de longe superiores. Foi governador de Mysore, vencendo uma decisiva batalha, em Assaye no ano de 1803. Demonstrou a sua perícia como diplomata ao negociar o tratado que por termo ao conflito. O seu irmão Richard era vice-rei e os dois colocaram os principados das regiões do Centro e Sul da Índia sob o domínio colonial Britânico. Regressaram ambos a Inglaterra em 1805 e Arthur tornou-se deputado, prosseguindo assim uma carreira dupla como militar e político. No auge da guerra contra Napoleão, o serviço militar tornou-se mais importante, Napoleão dominava em quase toda a Europa, mas o facto de ter colocado o seu irmão José no trono de Espanha, provocou uma revolta que veio abrir uma fenda no Bloqueio Continental. Este facto deu oportunidade aos Ingleses de abrir uma frente na Europa. Wellesley comandou um exército até Portugal e derrotou o general Junot na batalha do Vimeiro em 1808. Os superiores deram ordem de retirada contra os Franceses, e por este motivo, eles e Wellesley foram chamados e julgados em tribunal marcial. Wellesley foi ilibado de qualquer culpa.

 

Em 1809, o seu sucessor, Sir John Moore foi morto na Corunha, e Wellesley reassumiu o comando, tendo convencido o Governo Britânico a manter a frente de luta em Portugal. Na campanha da Península Ibérica entre 1808 e 1814, Wellesley conquistou vitórias contra os grandes marechais de Napoleão, como Soult e Massena em 1810 nas regiões de Talavera e Buçaco. Em Julho de 1812 em Salamanca derrotou 40.000 soldados franceses em 40 minutos. Demonstrou também a sua perícia diplomática no tratamento que deu à sua relação com os guerrilheiros espanhóis. Madrid e Barcelona foram libertadas e em 1814, os Franceses foram forçados a recuar para os Pirinéus. O esgotamento dos recursos de Napoleão provocado pela guerra peninsular foi um dos factores importantes para a sua derrota, Wellesley recebeu o título de visconde de Wellington, em 1810 e de duque em 1814, pelo reconhecimento de todos os seus feitos. Retomou o seu papel na vida política com o cargo de enviado ao Congresso de Viena entre 1814 e 1815, que pretendia reorganizar a Europa. Regressou rapidamente ao campo de batalha depois de Napoleão ter fugido de Elba. Em Waterloo a 18 de Junho de 1815, estes dois grandes generais finalmente enfrentaram-se, tendo a vitória sorrido a Wellington.

 

Wellington tornou membro do Gabinete e assistiu a outros congressos diplomáticos, como primeiro-ministro entre 1826 e 1830, e opôs-se sempre ao movimento crescente a favor da reforma parlamentar e ao aumento do direito de voto. Manifestantes atirando pedras, atacaram a sua casa, mas o duque, não iria recuar, ou mesmo reconhecer a causa da reforma, que devia de ser levada muito a sério. Este erro provocou a queda do seu Governo. Wellington participou num duelo quando era primeiro-ministro, com o conde de Winchelsea, que acusou-o de favorecer os católicos e trair a igreja inglesa. Quando este teve lugar, ambos falharam o tiro, o caso foi um escândalo na época, dado que envolveu o chefe da nação, arriscando a própria vida. A sua reputação pública ficou manchada durante alguns anos.

 

Wellington era um homem disciplinado, mas não cruel ou insensível, e a alcunha de Duque de Ferro, que lhe foi vulgarmente associada apenas após a sua morte. Os seus soldados a quem chamava a Escumalha da Terra, conheciam-no por Narigudo. Contudo já na sua velhice era venerado como um grande duque, mesmo quando se reformou os seus conselhos eram requisitados. Foi sepultado num lugar de honra na Catedral de São Paulo.

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•HORÁCIO NELSON (1758 – 1805)

Fevereiro 18, 2013
  • HORÁCIO      NELSON (1758 – 1805)

Horácio Nelson foi o comandante mais famoso da história da Marinha Real Inglesa. Revolucionou as tácticas navais e venceu uma série de batalhas com um grau de dificuldade enorme, nas Guerras Napoleónica contra a França e a Espanha. Entre elas as batalhas do Nilo em 1798, Copenhaga em 1798 e Trafalgar em 1805, onde veio a encontrar a morte, tendo já perdido um olho e um braço no seu historial.


Horácio Nelson nasceu em Norfolk e era filho de um padre de província. Tinha um tio que era capitão da Marinha e aos 12 anos segui os passos de seu tio. Em pouco tempo, Nelson mostrou uma forte tendência para a navegação e também uma saúde frágil. Em 1775, teve de regressar de uma missão no oceano Índico por motivos de saúde. Este facto não impediu que fosse promovido a tenente e dois anos depois, aos 21 anos, foi promovido, tornando-se assim o mais jovem capitão da Marinha Real. Prestou serviço nas Índias Ocidentais com distinção, mas uma vez mais regressando a casa doente. Nelson já demonstra as suas qualidades de chefia e, quando a Inglaterra entrou em guerra com a República Francesa, foi chamado para o activo. Assim prestou serviço no Mediterrâneo em 1793, sob o comando do almirante Hood, perdendo o olho direito, ao ser ferido em combate por estilhaços que voaram, ao largo da Córsega em 1794.

 

Nelson tornou-se comodoro em 1796, e contra-almirante em 1797. Nesse ano, passou mesmo por uma armada inimiga espanhola sem ser detectado. Anunciou a sua presença ao seu superior, o almirante Jervis, tendo-se distinguido na batalha que se seguiu, ao largo do cabo de São Vicente, ao capturar dois navios espanhóis. Mais tarde em 1797, Nelson perdeu o braço direito num ataque a Santa Cruz. Em 1798, Nelson mostrou o seu talento e originalidade táctica na primeira das suas grandes vitórias como comandante de uma armada. Derrotou e destruiu a armada de Napoleão, contornando-a, ao navegar de surpresa entre eles e a praia na baía de Abuquir, no delta do Nilo, provocando assim a retirada de Napoleão do Egipto. Nelson, então Sir Horácio, e herói nacional, levou a notícia da sua vitória à corte do aliado da Inglaterra, o rei da Sicília. Aí conheceu e apaixonou-se por Emma, Lady Hamilton, a mulher do enviado britânico. Nelson já fora casado nas Antilhas, quando era jovem, e o seu romance com Lady Hamilton chegou ao conhecimento público, provocando um escândalo, no entanto esta relação durou até ao final da sua vida.

 

Em 1810, Nelson tornou-se vice-almirante e foi colocado no mar báltico, sob as ordens do almirante Parker. Parker era um homem previdente, ao contrário de Nelson que era arrojado. Na batalha de Copenhaga em Abril de 1802, quando lhe foi dada ordem de retirada, Nelson colocou o telescópio no olho cego e declarou que não pudera ver o sinal. Continuou a causar estragos no inimigo, a armada dinamarquesa. Recebeu então o título de visconde. Nelson era um comandante brilhante e informal, demonstrava elevada consideração pelo bem-estar dos seus oficiais e da tripulação, a sua liderança era caracterizada por uma atitude humana e sensível, o que era pouco habitual na época. Em batalha, empregava o seu estilo único e recordado com o seu nome, conferindo liberdade individual aos seus capitães para empregarem a sai iniciativa sob o seu controlo táctico geral. Normalmente significava lançar-se em direcção ao centro da armada inimiga, desfazendo a sua formação e destruindo-a por partes através da sua artilharia superior. A surpresa e audácia eram o cerne do seu método. Nelson empregou as suas tácticas com bons resultados na batalha de Trafalgar, em Outubro de 1805. Nelson então comandava a armada do Mediterrâneo, no navio de Sua Majestade, O Victory, com ordens para manter a esquadra francesa em Toulon. Por fim, esta fugiu e Nelson conseguiu trazê-la de volta á batalha. Os seus 27 navios enfrentaram 33 navios franceses e espanhóis, comandados pelo almirante Villeneuve. Nelson ordenou aos seus navios que rompessem a linha inimiga, e quando estes navegavam em direcção à batalha, deu a sua famosa ordem:

–         A Inglaterra espera que todos cumpram o seu dever.

 

A batalha foi uma vitória decisiva e 18 navios de Villeneuve foram capturados ou destruídos. As esperanças de Napoleão de uma invasão de Inglaterra foram finalmente desfeitas, porque a Armada real era agora superior. Contudo a Inglaterra acabou por perder o seu grande herói. Nelson foi atingido por um tiro de mosquete no início da batalha, quando se encontrava no tombadilho superior. Tornando-se um alvo fácil para o inimigo, com o seu uniforme de almirante e as medalhas. Morreu já no final da batalha. Deram a Nelson um funeral de herói em Londres, e foi sepultado num lugar de honra na Catedral de São Paulo. O navio de Sua Majestade, o Victory ainda hoje pode ser visitado no porto de Portsmounth.

 

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•NAPOLEÃO BONAPARTE (1769 – 1821)

Fevereiro 18, 2013
  • NAPOLEÃO      BONAPARTE (1769 – 1821)

Napoleão Bonaparte, Imperador de França, entre 1804 a 1815, foi um dos Generais mais importantes que o mundo conheceu. As suas vitórias incluíram Toulon em 1793, Pirâmides em 1800, Hohenlinden em 1800, Austerlitz em 1805, Jena em 1806, Wagran em 1809 e Ligny em 1815, conquistando assim o controlo de quase toda a Europa.


Napoleão Bonaparte nasceu na Córsega, frequentou a escola militar de França, onde não foi bem aceite, sendo frequentemente perseguido por outros rapazes por ser baixo e estrangeiro. Licenciou-se em 42º lugar numa turma de 51 alunos. Napoleão alistou-se no Exército com o posto de tenente de artilharia e distinguiu-se no cerco de Toulon em 1793. Foi promovido a general de brigada aos 24 anos de idade. Napoleão foi a favor da Revolução Francesa e era amigo de Robespierre e dos Jacobinos radicais e quando estes foram afastados do poder, ficou sem amigos e sob suspeita. No entanto, em Outubro de 1795, comandou as tropas que defenderam com êxito a Convenção Nacional e a República contra a revolta dos monárquicos. Como gratidão, o novo governo francês, conhecido por Directório, deu-lhe o comandou o exército francês em Itália. Em 1796 casou com Josefina de Beauharnais, uma ligação que veio fortalecer a sua posição política.

 

Napoleão mostrou o seu génio na campanha de Itália. Usou movimentos rápidos para dividir ao meio os exércitos austríacos inimigos de modo a que pudesse então destrui-los a pouco e pouco. Estava a sessenta milhas de Viena quando os Austríacos se renderam. Venceu pelo menos 14 batalhas durante a campanha. Napoleão ambicioso planeou a seguir bloquear o caminho dos ingleses para a Índia, a sua maior colónia, e desembarcou no Egipto em 1798. A vitória na batalha das Pirâmides colocou o Egipto à sua mercê, mas a sua armada foi destruída no delta do Nilo por Sir Horácio Nélson. Regressou então a França, secretamente, e encontrando o Directório em confusão depois de perder o que ele ganhara em Itália. Viu aí uma oportunidade a favor da sua ambição pessoal. Bonaparte tomou parte de um golpe, em Novembro de 1799, que substituiu o Directório por um Governo formado por 3 homens, o Consulado, sendo ele o primeiro-cônsul. Napoleão introduziu uma racionalização e modernização indiscriminadas no Governo e na legislação francesa, vitais após o caos da Revolução. Criou também o Banco de França, e construiu muitas estradas e pontes, principalmente por razões logísticas de ordem militar. Em 1802, Napoleão nomeou-se cônsul vitalício, e ditador virtual. Em 1804, o papa veio à Catedral de Notre-Dame em Paris, e celebrou o acto em que Napoleão recebeu o título de imperador. Napoleão retirou a coroa das mãos do papa coroando-se a si próprio, para demonstrar que não estava subordinado a ninguém.

 

Napoleão alargou o seu Império através de conquistas e alianças impostas às nações amedrontadas pelo seu génio militar. Contudo foi incapaz de derrotar a Inglaterra pelo mar. Na Europa impôs o Bloqueio Continental para excluir o comércio inglês, mas este facto fez perder alguns dos seus aliados, entre eles a Rússia. Colocou os seus marchais no poder nalguns países satélites, e este facto também provocou descontentamentos, principalmente em Espanha, onde se iniciou uma revolta em 1808. Também sacrificou a sua mulher á sua ambição. Divorciou-se em 1809, para casar com Maria Luísa, a fim de formar uma ligação com a casa real austríaca. Napoleão invadiu a Rússia, em 1812, e o seu exército conquistou Moscovo, em Setembro de 1812, após uma batalha sangrenta em Borodino, mas os Russos incendiaram Moscovo para o privar de mantimentos e abrigo para o rigoroso Inverno. Caiu numa armadilha, forçado assim a retirar-se, acabando o seu exército destruído pelo frio e pela fome. Napoleão apressou-se a regressar à Europa e reuniu um novo exército, mas a qualidade das suas tropas nunca mais voltou a ser igual. Sofreu uma derrota catastrófica na Batalha das Nações em Leipzig no ano de 1813. Os exércitos da Rússia, Prússia e Inglaterra, comandados pelo duque Wellington e pelo general prussiano Gebhard Blucher, eram demasiados fortes para as tropas de Napoleão e em Abril de 1814, este rendeu-se.

 

Napoleão foi exilado para a ilha de Elba, ao largo da costa de Itália. Manteve, no entanto o título de imperador. Fugiu em Fevereiro de 1815 e ao desembarcar em França, o exército reuniu-se ao seu velho senhor. O seu triunfo durou apenas cem dias. Bateu os prussianos em Ligny, e dois dias depois, lutou contra os ingleses, em Waterloo, a 18 de Junho de 1815. A derrota nesta batalha só começou a pender para o lado de Napoleão quando surgiram os exércitos prussianos.

 

Napoleão tentou fugir para os Estados Unidos da América, mas não conseguiu arranjar um navio que rompesse o bloqueio dos Ingleses. Pediu protecção aos Ingleses contra Blucher que ameaçava enforcá-lo. Os Ingleses exilaram-no para Santa Helena, uma ilha situada no Oceano Atlântico, onde morreu seis anos depois. A lenda napoleónica continuou viva, e em 1840, foi sepultado com grande pompa em Paris, a pedido do rei de França Luís Filipe.

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•MAXIMILIEN ROBESPIERRE (1758 – 1794) – GEORGES DANTON (1759 – 1794)

Fevereiro 18, 2013
  • MAXIMILIEN      ROBESPIERRE (1758 – 1794) – GEORGES DANTON (1759 – 1794)

Robespierre conduziu a ala radical da Revolução Francesa que começou em 1789. Viria a dominar o Governo e iniciou um reinado de Terror.

Danton foi o melhor orador da Revolução. Ministro da Justiça em 1792. Presidiu mais tarde à Comissão de segurança Pública. Foram ambos executados em 1794.


Robespierre foi um dos advogados que ganhou fama defendendo os pobres e atacando o poder absoluto. Em Maio de 1789, tornou-se membro dos Estados Gerais em Versalhes. Este era o modelo francês parlamentar, que não se reunia desde 1614, dado que os governos franceses eram absolutistas. Tendo-se reunido em 1789 porque o Governo estava numa situação desesperada com falta de dinheiro e necessitava de aplicar novos impostos. Os delegados recusaram-se a aprovar quaisquer taxas sem uma redução do poder real e uma reforma no sistema fiscal, que reforçava as divisões na sociedade, impondo um fardo maior sobre as classes mais baixas. A nobreza pretendia um limite imposto ao absolutismo, que reduzia o seu próprio poder e o povo pretendia maior igualdade. O rei Luís XVI recusou qualquer redução do poder da monarquia, incentivado pela sua mulher, Maria Antonieta. Destituiu os Estados Gerais e mandou encerrar a Câmara. Mas estes reuniam-se nos campos reais de ténis em Versalhes e juraram não se separarem. Dirigidos por Honoré Mirabeau, intitularam-se de Assembleia Nacional, determinados a elaborar uma nova Constituição.

 

Em Paris reinava a excitação com estes acontecimentos e em 14 de Julho de 1789, os parisienses tomaram a Bastilha, a prisão real e o símbolo do despotismo. Constitui-se assim uma Comissão revolucionária para governar Paris. Nas províncias os camponeses invadiam os castelos e destruíam os registos dos antigos deveres feudais. Foi aprovado de seguida um decreto na Assembleia que abolia o feudalismo. A 26 de Agosto de 1789, a Declaração dos Direitos do Homem, influenciada pela declaração semelhante que os Estados Unidos da América, proclamou a Liberdade, Igualdade e a Fraternidade. Rejeitaram a distinção das classes sociais, como a nobreza, o clero e o povo foram abolidas. Todas as classes sociais iriam ser niveladas. Adoptou-se o vestuário revolucionário, constituído por capa, sans-culottes que eram calças em vez de calções aristocratas e a roseta vermelha, branca e azul. Todos se vestiam como cidadãos. Georges Danton, advogado, surgiu como porta-voz dos sans-culottes, como eram conhecidas as classes inferiores revolucionárias. Formaram-se clubes políticos, como os Franciscanos, Radicais, Danton e Jacobinos de Robespierre e de Saint-Just, que se consideravam os cães da fila da Revolução. O rei forçado a ir a Paris devido a uma manifestação de mulheres parisienses, acabou por aceitar uma monarquia com poderes limitados, tentou fugir em Agosto de 1792, mas os revolucionários forçaram a entrada no Palácio das Tulherias e prenderam-no. Incentivados por Jean-Paul Marat, os manifestantes entraram nas prisões massacrando e chacinando muitos nobres e membros do clero.

 

Inúmeros nobres franceses fugiram de França e convenceram a Prússia e a Áustria a acabar com a Revolução e colocar o rei de novo no trono. Esta atitude agravou a ira do povo e a opinião pública contra a monarquia. Foi declarada a República e após um julgamento em que Robespierre atacou o rei energeticamente, agora chamado de Capeto, foi decapitado. A guilhotina com uma lâmina enorme que caía era da autoria de Joseph Guillotin, para cumprir uma execução sem dor.

 

Formou-se uma Convenção para elaborar a Constituição, e a França foi governada pela Comissão de Segurança Pública, dominada por Danton, Robespierre e Marat. Danton foi o primeiro Presidente e teve um papel importante com a sua oratória inspiradora no levantar do fervor patriótico para derrotar as invasões austríacas e prussianas, e as revoltas monárquicas. Os Jacobinos radicais, também conhecidos por montanheses, devido aos lugares importantes que desempenhavam na Convenção, conseguiram nesta época de emergência expulsar os Girondinos moderados. Com o apoio do povo de Paris foram presos e executados. Também severos para com os ateus, dirigidos por Hébert. Danton preocupado com o crescente terror instalado, e nas atitudes da Comissão, abandonou-a para dirigir um grupo de moderados, os Indulgentes. Robespierre dominava então a Comissão, porque Marat fora assassinado. Robespierre era um homem austero e severo, também conhecido por, O Incorruptível, dedicado à causa da Revolução e determinado a utilizar todas as formas de violência para destruir qualquer oposição. Usou algumas irregularidades praticadas por Danton para o mandar executar. Iniciou-se um novo calendário, em que o ano de 1792 era o Ano I, e novos meses no número de três semanas de dez dias.

 

Em Julho de 1794, a Convenção reagiu finalmente contra o terror instalado, durante o qual 1250 pessoas suspeitas foram decapitadas. Robespierre foi preso. Tinha ainda o apoio da população radical, mas embora tivesse sido um ditador, exerceu o poder pela causa da República, curvando-se perante a sua autoridade. Em vez de falar á multidão, tentou-se suicidar. Falhou e passado pouco tempo seguiu o destino das suas muitas vítimas da guilhotina.

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•GEORGE WASHINGTON (1732 – 1799)

Fevereiro 18, 2013
  • GEORGE      WASHINGTON (1732 – 1799)

George Washington comandou as forças americanas durante a Guerra da Independência de 1776 a 1783. Conquistou a vitória final em Yorktown. Presidiu à Convenção e foi o primeiro Presidente dos Estados Unidos da América, entre 1789 e 1797.


George Washington era um homem abastado, dono de uma plantação na Virgínia, que aos 20 anos herdou uma propriedade enorme em Mount Vermon, de que faziam parte de quase 50 escravos. Ganhou o gosto pela vida militar, quando lutou ao lado dos ingleses na guerra de 1754 a 1763 contra a França. Mostrou a sua bravura na batalha de Forte Duquesne, em 1755, quando dois dos seus cavalos foram mortos e as suas roupas rasgadas por quatro balas, ao lutar ao lado do comandante que foi morto. Atingiu o posto de Coronel e deram-lhe o comando de todas as tropas da Virgínia. Os ingleses recusaram o pedido de Washington para fazer uma comissão por tempo ilimitado no Exército e este retirou-se da vida militar.

 

A seguir viveu uns tempos prodígios como aristocrata em Mount Vermon até 1775, ano em que foi chamado a assumir o comando dos colonos que se tinham revoltado contra os ingleses. As tensões entre os colonos e o Governo Britânico, já se desenrolavam a algum tempo. Os ingleses defendiam que o Parlamento tinha o direito de legislar em relação ás colónias incluindo o poder de lançar impostos, embora os Americanos não tivessem representados, o que culminou nos impostos sobre o chá, e no Boston Tea Party, em 1773, quando os colonos atiraram o chá para a água. Trocaram-se tiros em Lexington e em Concord, e reuniu-se um Congresso Continental Revolucionário. A independência foi declarada a 4 de Julho de 1774.

 

A luta durou 7 anos e durante esse tempo os Americanos sofreram muitos contratempos. Washington não era um estratega brilhante e sofreu uma derrota terrível em Brandywine Creek, no ano de 1777. No entanto a sua força consistia na capacidade de manter a confiança do seu Exército, muito mal preparado contra o poderio Britânico. Durante um longo Inverno, conseguiu mantê-los unidos em Valley Forge, apesar de muitos deles estarem quase a morrer á fome. Este aspecto foi muito importante, porque no ano seguinte, os Franceses entraram em guerra contra os Ingleses ao lado dos Americanos. A ajuda dos franceses fez oscilar a balança, mas foi Washington, que deu o golpe decisivo em 1781, ao cercar os ingleses em Yorktown, obrigando-os a renderem-se. Os Ingleses deixaram a sua última base em Nova Iorque em 1783, após o Tratado de Paz em Paris.

 

Existiam muitas diferenças entre os territórios individuais dos Estados Unidos, e Washington receava que pudessem ser levados á separação. Era a figura principal da Convenção de 1787. Como Presidente da Convenção trabalhou bastante para conseguir uma convenção que defendesse os direitos dos Estados, dentro de uma união segura. Era uma figura muito respeitada que não houve outra nomeação para primeiro Presidente. Cumpriu o cargo durante 8 anos e como fizera na guerra, teve um papel importante para assegurar que os Estados Unidos sobrevivessem como uma simples nação unificada. Morreu em 1799, depois de ter apanhado uma pneumonia ao andar a cavalo durante uma tempestade de neve, e a sua morte foi assinalada com respeito não só nos Estados Unidos, mas também na Inglaterra e na França.

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•THOMAS JEFFERSON (1743 – 1826)

Fevereiro 18, 2013
  • THOMAS      JEFFERSON (1743 – 1826)

Thomas Jefferson foi um político Norte-Americano, um dos fundadores do Partido Democrata e Presidente dos Estados Unidos da América entre 1801 e 1809. Advogado, proprietário, e deputado no Parlamento da Virgínia, foi redactor principal da Declaração da Independência dos Estados Unidos da América, em 4 de Julho de 1776.


Jefferson redigiu pessoalmente a Declaração da Independência como membro do Congresso Continental. De seguida renunciou ao seu lugar no Congresso, colaborando com na legislatura da Virgínia. Voltou ao Congresso em 1783, participando em todas as comissões importantes redigindo documentos e relatórios oficiais. Como governador da Virgínia, entre 1779 e 1781, levou a cabo a separação entre a Igreja e o Estado, tal como a criação de escolas públicas. Em 1784 redigiu a legislação interna e instaurou novas bases para a posterior organização dos territórios ocidentais.

 

Embaixador em Paris entre 1785 e 1789, o qual aceitou por patriotismo, a secretaria de estado, oferecida por George Washington. Em oposição à política de Hamilton, introduziu o sistema dos partidos políticos no novo governo, transformando os hamiltonianos em federalistas e os jeffersonianos em republicanos-democratas. Por diferenças fundamentais com Hamilton, demitiu-se em 1793, mas nas eleições de 1796 levaram John Adams à presidência e o republicano Jefferson à vice-presidência. Embora amigos pessoais, opunham-se politicamente e Jefferson não desempenhou qualquer acção relevante durante a administração Adams. Ministro dos Negócios Estrangeiros entre 1789 e 1794, em 1795 fundou o Partido Democrata. Como Vice-Presidente do governo proclamou os resultados de Virgínia e Kentucky, segundo os quais cada Estado deveria ter o direito de anular as leis da Confederação.

 

Foi eleito o terceiro Presidente dos Estados Unidos da América. Durante o seu mandato foi inaugurada a cidade de Washington como Capital Federal, efectuou a compra da Lusiana em 1803, diminuiu-se o orçamento militar e efectuou-se a expedição de Lewis-Clard, para explorar o vale da Columbia.

 

Retirando-se em Montecillo, dedicou-se à arquitectura, música, filosofia e à invenção. Concentrou-se totalmente na educação da Universidade da Virgínia, cujo, os estatutos redigiu e cuja construção dirigiu como arquitecto. Jefferson tinha profundo conhecimentos dos princípios básicos da ciência e do valor prático do rigor científico. O estudo mais sério seja relacionado com a introdução do sistema decimal na cunhagem da moeda norte-americana, assim como o peso e a medida. O sistema colonial inglês variava de um lugar para os outros, por esta e outras razões não era satisfatório. Jefferson desejava descobrir unidades de medidas adoptadas em qualquer parte do mundo. Contribuindo com o seu sistema sobre múltiplos e submúltiplos das respectivas unidades, aos sistemas já existentes britânicos. Além da contribuição de Jefferson para o desenvolvimento dos métodos para as medidas de longitude e Meridiano, além de inventar o arado. Apoiou o desenvolvimento do sistema de patentes, desejando que os inventores recebessem a justa recompensa. Em 1800, como Presidente da sociedade Filosófica Americana, enviou um relatório á Câmara dos representantes, no qual chamava a atenção sobre o grande valor que podia ter para o país conhecer mais pormenores sobre a população americana.

 

Jefferson era acima de tudo um defensor da liberdade, alguém que fizesse algo em favor da mesma era digno do seu apoio. Promoveu o ensino, acelerou o crescimento industrial e desenvolveu a ciência, para ele a tarefa histórica dos Estados Unidos era mostrar ao mundo o caminho para uma vida melhor. Como testemunho, mandou gravar no seu túmulo:

– Aqui foi enterrado Thomas Jefferson, autor da Declaração da Independência Americana e do estatuto de liberdade religiosa para a Virgínia e pai da Universidade da Virgínia.

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•BENJAMIN FRANKLIN (1706 – 1790)

Fevereiro 18, 2013
  • BENJAMIN      FRANKLIN (1706 – 1790)

Benjamin Franklin foi um homem de Estado Americano, administrador e cientista. Desempenhou um papel importante na Revolução Americana, tendo estado envolvido na Declaração da Independência, e no projecto da Constituição dos Estados Unidos da América. Fez descobertas importantes no que se refere à natureza da electricidade.


Franklin era a décima quinta criança de uma família de 17 filhos de um fabricante de velas de sebo de Boston, no Massachusetts. Foi um autodidacta, aprendiz de tipógrafo na oficina do seu meio – irmão, aborrecido com as restrições impostas aos aprendizes, fugiu para Filadélfia. Aí mudou com rapidez da tipografia para o jornalismo. O seu Poor Richard´s Almanac, publicado anualmente, entre 1732 e 1757, era um dos livros mais populares do período colonial da América. Muitas frases aí publicadas, umas tiradas de outros autores, outras criadas por Franklin, tornaram-se provérbios americanos. Franklin possuía um espírito criativo e original. Foi rapidamente atraído pelo funcionalismo público. Criou o primeiro serviço de incêndio da Pensilvânia, em 1736, e fundou a Sociedade de Filosofia Americana, em 1743. Em 1752, mereceu o reconhecimento internacional pelas suas experiências com a electricidade. Fez voar um milhafre no meio de uma tempestade, e uma faísca saltou de uma chave que atara com um cordel ao milhafre para o chão. A partir dessa experiência, que demonstrava que o relâmpago era eléctrico, projectou o primeiro condutor da luz. Era uma experiência perigosa, outros dois que tentaram antes morreram.

 

Franklin começou a envolver-se cada vez mais na política. Foi enviado para Inglaterra como representante colonial. De 1757 a 1762, e uma vez mais de 1764 a 1775. Em Inglaterra, era muito procurado nos círculos sociais, sendo admitido na Royal Society pelas suas pesquisas científicas. Tentou alterar algumas medidas políticas de Jorge III, mas estas mudanças não reduziram os impostos elevados dos colonos, a ponto de estes serem levados à revolta. Franklin regressou ao seu país tomando lugar ao lado dos que procuravam tornar-se independentes. Foi um dos poucos americanos conhecidos a nível internacional, e a sua posição influenciou muitos outros.

 

Ajudou Thomas Jefferson a esboçar a Declaração da Independência de 4 de Julho de 1776, e assinou esse histórico documento. Foi depois em missão especial para França, o que assegurou o apoio armado da França à causa Americana. Quando a guerra terminou com a rendição dos ingleses, em Yorktown, no ano de 1783, foi Franklin que negociou o Tratado de Paris, pelo qual os ingleses acabaram por reconhecer a Independência dos Estados Unidos da América. Franklin foi membro importante da Convenção de 1787 a 1788, que após muitas discussões redigiu a Constituição dos Estados Unidos da América.

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•JORGE III (1738 – 1820)

Fevereiro 18, 2013
  • JORGE      III (1738 – 1820)

Jorge III foi rei de Inglaterra entre 1760 e 1820. O Canadá, a Nova Zelândia, a Austrália e a Índia forma anexadas ao Império Britânico, embora as treze colónias da América do Norte se tivessem tornado independentes. A Inglaterra esteve contra a França na Guerra dos 7 Anos (1756 a 1763), e nas guerras Napoleónicas (1796 a 1815).


Os antecessores de Jorge III, Jorge I e Jorge II, nasceram na Alemanha e falavam mal inglês, e preocupavam-se mais com as suas terras, em Hanover do que em Inglaterra. Os seus reinados assistiram à criação do cargo de primeiro – ministro como responsável pelo Governo, nas mãos de Robert Walpole e William Pitt. Jorge III era pelo contrário, um inglês de coração. Tentou restaurar o papel proeminente do rei no Governo, com resultados desastrosos. Jorge afastou Pitt, o grande mini9stro do reinado de Jorge II, colocando o poder nas mãos dos seus próprios homens. Jorge II é lembrado como o rei que levou as colónias americanas á revolta. Jorge não era um tirano ávido de sangue, mas as suas tentativas irreflectidas de impor um governo forte do rei provocaram grande indignação na América. O governo de Lorde North impôs o aumento dos impostos e dos direitos aduaneiros, como resultado foi o Boston Tea Party, em que os colonos, disfarçados de índios, fizeram tombar um carregamento de chá. Finalmente deu-se a revolta dos colonos.

 

Durante o longo reinado de Jorge III, o prestígio do monarca caiu rapidamente, devido em grande parte á sua interferência no Governo. Não ajudou o facto de surgirem ataques ocasionais provocados por uma doença física hereditária, a porfíria, embora esta fosse diagnosticada oficialmente como loucura. Em 1811, o rei sofreu um ataque mais demorado, agravado pela cegueira, e o seu filho libertino, o futuro Jorge IV, governou no seu lugar como filho regente. Embora o seu reinado estivesse longe de ser um êxito, a vida pessoal de Jorge era irrepreensível. Em muitos aspectos era mais adequado para ser um proprietário da província do que de um rei. O seu passatempo favorito era a agricultura, e construiu uma equipa em Windsor, merecendo o nome de Jorge Agricultor. Viveu em fidelidade doméstica com a sua rainha, e teve nove filhos e seis filhas.

 

Quanto a méritos, Jorge poderia ser comparado a contemporâneos, como Luís XV de França ou José II da Áustria, que governaram como monarcas absolutos. Seria necessário com força para o fazer e Jorge possuía apenas uma capacidade mediana. Nunca tentou extinguir o Parlamento e permitiu por fim que ministros competentes como Pitt, o mais novo, primeiro-ministro aos 24 anos avançassem. O movimento a favor da monarquia constitucional do Século XVIII não fora suspenso para sempre.

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•JAMES WOLFE (1727 – 1759)

Fevereiro 18, 2013
  • JAMES      WOLFE (1727 – 1759)

James Wolfe foi um soldado inglês, cuja vitória decisiva Quebeque, no ano de 1759, fez com que o Canadá se tornasse parte do Império Britânico. Wolf teve a sua morte em batalha.


No início de 1750, a região oriental do Canadá fazia parte de um império francês que se estendia do rio Mississipi a Nova Orleães. Os franceses envolviam-se por vezes em conflitos com os ingleses, dado que estes últimos alargavam as suas colónias para o interior a partir do litoral. Em 1756, rebentou a Guerra dos sete Anos, na Europa, entre a Inglaterra e a França, e as lutas travaram-se em todo Mundo, com maior incidência na América do Norte, onde ficou conhecida pela guerra franco – indiana. Wolf foi enviado para lutar nesta guerra, em 1758.

 

James Wolfe era um jovem fraco e estudioso, de modo nenhum um tipo de herói militar. No entanto, possuía bastante energia e determinação e uma tendência para a originalidade que lhe iria garantir a fama para sempre. Entrou para o exército aos 14 anos. Em 1758, com apenas 31 anos, Wolfe foi mandão para a América do Norte como general de brigada. Desempenhou um papel importante na conquista de um forte francês, em Louisburg, e o primeiro – ministro, William Pitt, nomeou-o general da divisão com a missão de tomar Quebeque.

 

A operação que se seguiu tornou-se numa epopeia da história militar. Após 3 meses de cerco, os ingleses, não tinham conseguido impressionar a posição inabalável dos franceses. Wolfe ficou deprimido com o fracasso de todos os ataques e adoeceu. Resolveu-se por uma solução audaciosa. Durante a noite de 12 para 13 de Dezembro, atravessou o rio de São Lourenço na parte de cima da cidade, surpreendendo as sentinelas francesas na enseada, actualmente com o seu nome. Wolfe e seus homens subiram depois os rochedos que se supunham impossíveis de escalar, no mio da escuridão.

 

Quando Wolfe tinha cerca de 4.000 homens formados para a batalha nas planícies de Abraão, a sudoeste de Quebeque, e apanharam os franceses completamente de surpresa. Os franceses foram totalmente derrotados. Wolfe foi ferido três vezes e morreu antes de terminar o ataque aos franceses. Sabendo que vencera, afirmou que morria feliz. A guerra terminou com o Tratado de Paris de 1763, em que a Inglaterra tomou posse o Canadá e todas as terras francesas a leste do Mississipi.

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